Nesta terça-feira (29), a vice-governadora do Piauí, Margarete Coelho (PP), esteve no jornal Agora onde falou sobre política e sobre a administração pública.
Margarete Coelho avaliou as negociações entre o Governo Federal com os estados acerca da distribuição da arrecadação oriunda da repatriação. O acordo, que estava costurado entre os governadores e o presidente Michel Temer, foi desfeito pelo Governo Federal.
"Acho que a equipe econômica não entendeu bem, ou não quis entender bem o momento que nós vivemos. O Supremo já sinalizou, são várias liminares indicando que esse dinheiro é dos estados e dos municípios. Espero que o governo federal reflua, não ha outro caminho. Lamentamos que o caminho fique um pouco mais longo”, disse.
A vice-governadora ainda criticou as exigências do Governo Federal para liberar os valores para os estados, dentre elas o empenho na diminuição dos gasto públicos nesses estados.
"Estados como o Piauí, que fizeram o dever de casa e já realizaram cortes, não podem estar no mesmo cesto do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul”, afirmou.
Política
Margarete Coelho também falou sobre política e comentou a possibilidade de o Partido Progressista não caminhar junto com o governador Wellington Dias nas eleições de 2018.
"O PP é um partido forte, grande e hoje o maior partido do estado. É o partido que mais cresceu, que tem uma repercussão nacional e claro que é um partido independente. Não vou dizer que o partido abra mão do direito de querer ter candidato, ter um projeto político próprio, isso não vai acontecer, não pode acontecer. Mas o cenário atual é de o senador Ciro disputar a reeleição e governador Wellington ser também candidato à reeleição, com os dois juntos. O único plano é de um PP forte, independente e que cresce com muita qualidade, com um projeto politico”, afirmou a vice-governadora.
Sobre a possibilidade de deixar a vice-governadoria para disputar outro cargo, a ex-deputada estadual desconversou. Segundo ela, o seu foco atualmente é a atividade de vice-governadora.
"Eu tenho um mandato de vice-governadora e estou completamente focada nele. Meu projeto hoje é entregar ao povo do Piauí tudo aquilo que eu prometi durante a campanha, de ser séria, ética e contribuir com o governo Wellington Dias dando o meu melhor sempre. Quando nós antecipamos muito o debate político, principalmente, nesse momento que estamos vivendo, as pessoas não entendem muito, acham que político só quer viver de política, só quer falar de política”, afirmou.
Margarete Coelho ainda afirmou que continuar vice-governadora não é um projeto de vida, mas, que se tiver a oportunidade novamente o fará com o "maior orgulho”.
"Eu não sou política profissional, não pretendo ser, eu sou na verdade advogada de carreira. A política tem que ser assim, você tem que analisar cada cenário quando ele estar posto. Me honra muito ser vice do Wellington Dias, se tiver a oportunidade de sê-lo novamente, serei com o maior orgulho, mas, isso não quer dizer que é o meu projeto de vida. Posso ser candidata a deputada federal, a deputada estadual”, finalizou.