Médico nega negligência na morte de bebê no Hospital do Parque PI

Médico nega negligência na morte de bebê no Hospital do Parque PI

A diretora do Hospital Municipal do Parque Piauí, Dulce Silva, informou que determinou a abertura de inquérito administrativo para apurar a morte da bebê Laysa Vitória, de 3 meses, morta na manhã de domingo (16) sufocada por seu próprio vômito, durante sua internação por princípio de pneumonia no hospital. A família diz que houve negligência. 

O médico Carlos Alberto, em entrevista ao vivo no Agora da Rede Meio Norte, afirmou que o trabalho realizado pela equipe médica  foi visando garantir a sobrevivência da recém-nascida.

“A criança foi internada aqui no sábado, dia 15, com quadro sugestivo de pneumonia aguda, a criança se encontrava em estado grave com falta de ar, tendo sido atendida pela pediatra do plantão. No dia seguinte ela apresentou complicações, obstrução da veias áreas por conta de engasgo com o próprio leite da mãe e surgiu  a asfixia, ou seja, não conseguiu passar o ar por conta do leite que digamos assim estava alojado na via aérea da criança”, afirmou.

O médico reafirma o compromisso da equipe que estava de plantão e garante que todos os procedimentos foram adotados. “Os platonistas foram chamados para prestar socorro, o pessoal de enfermagem, a equipe médica plantonista foi prontamente atender a criança, levou ela para sala de procedimentos, onde foram realizados procedimentos de suporte avançado. A criança foi reanimada, passou todos aqueles procedimentos que o suporte avançado de vida protocola em uma situação como essa. Eu posso dizer, com segurança, que não faltou nada para ressuscitar essa criança, para salvar sua vida”, comentou.

Carlos Alberto lamentou o ocorrido e informou que não é o primeiro caso envolvendo engasgo da criança com o leite da própria mãe. “Infelizmente não se conseguiu êxito, a reversão da parada cardiorrespiratória que eu reafirmo: foi mais por uma fatalidade, foi por conta desse engasgo. Infelizmente aconteceu. É um problema que ver ou outra pode acontecer, é realmente uma emergência muito grave e nem sempre se consegue reverter esse tipo de problema. As medidas foram todas acertadas, não há o que se contestar”, enfatizou.

O exame de autópsia, conforme o médico, não foi feito e nem solicitado pela família. “Não foi cogitado com a família fazer a autópsia, até porque a própria família deveria solicitar esse procedimento, se por ventura contestasse o diagnóstico da criança. Isso, talvez no calor das emoções, não se levantou essa possibilidade”, disse.

A tia da criança, não identificada, procurou a Rede Meio Norte, informando que registrou boletim de ocorrência no 4° Distrito Policial, exigindo a necropsia ao Instituto Médico Legal (IML). A família informou também que contesta a morte e quer a necropsia.

“Foi feito todo um levantamento com a equipe de plantão e também ouvimos familiares da criança. Realmente o diagnóstico que se foi chegado oi esse, até porque quando a equipe fez os procedimentos, aspirou realmente uma grande quantidade de leite que saiu pelas vias aéreas, boca e pelo nariz, o que confirmou ali a asfixia pela questão da obstrução das vias aéreas pelo engasgo, então a questão da necropsia não somos, de forma alguma, contra esse procedimento, até porque vai ajudar a esclarecer e confirmar o diagnóstico”, finalizou.

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