Se depender de parte dos membros do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores em Teresina, a aliança entre o PT e o PP para as eleições de 2018 no Piauí não deve acontecer. Isso porque membros da sigla ainda não digeriram a participação do senador Ciro Nogueira, presidente nacional dos Progressistas, no processo de impeachment da ex-presidente Dilma Roussef. O assunto foi destaque na edição desta terça-feira (05) do quadro Jogo do Poder.
O repórter Efrém Ribeiro entrevistou o presidente municipal do PT, ex-vereador Gilberto Paixão, que afirmou haver uma orientação para que o partido não firme alianças com o quem ele classificou como “golpistas”.
“Nós tivemos um congresso, da Articulação de Esquerda no Piauí, e tomamos algumas decisões necessárias no Piauí. Primeiro, não admitir que o Partido dos Trabalhadores no Piauí venha a fechar qualquer acordo ou condução no processo eleitoral com corruptos, principalmente os golpistas, que aplicaram na calada da noite, se organizaram e derrubaram o PT de seu papel de representante do povo”, afirmou.
Ainda segundo o ex-vereador, quem irá decidir os destinos do PT nas eleições de 2018 serão os filiados, em um encontro de membros da sigla. Paixão, ainda afirmou que o partido não abre mão da candidatura à reeleição da senadora Regina Souza.
“É estatutário ter que discutir e quem vai decidir são os filiados do partido, se aceitam ou não essa aliança com esse segmento que é o PP, infelizmente”, afirmou.
João de Deus defende aliança com o PP
O líder do governo na Assembleia, deputado estadual João de Deus (PT), defendeu a aliança entre PP e PT e minimizou a manifestação do grupo liderado por Gilberto Paixão.
“Na verdade, ali é a manifestação de um segmento que a nível estadual é minoritário. Mas, enfim, o mais importante é que o próprio governador, juntamente com os deputados, a senadora Regina Souza, o presidente do partido, Assis Carvalho, nós todos recebemos o senador Ciro Nogueira com a vice-governadora Margarete Coelho e o presidente do PP a nível estadual, Júlio Arcoverde, e estabelecemos que a aliança feita em 2014 foi importante para a gente ganhar a eleição e está sendo importante para a gente governar. Sem dúvida nenhuma a decisão foi de manter essa aliança”, disse.