A situação indefinida dos motoristas que atual através da Plataforma Uber em Teresina vem gerando problemas desde a implantação do serviço na capital em 2016. A disputa pelo mercado de trabalho vem assumindo proporções cada vez mais perigosas.
Neste final de semana, um taxista foi atropelado por um motorista do Uber no aeroporto de Teresina e ficou com várias marcas de ferimento pelo corpo. “Nós queremos que isso se resolva, de legalizar ou não legalizar, porque dessa forma isso está se tornando uma batalha, uma guerra mesmo”, afirmou um representante do Uber.
Em um outro caso ocorrido na Rodoviária de Teresina, foi exigido a aliança de um casal para provar que o motorista não atuava no Uber. Um vídeo, que circula na internet, mostra o episódio em que um agente da Strans exige aliança da passageira.
O diretor de operações e fiscalizações da Strans, coronel Jaime Oliveira, falou sobre a situação. “Isso é previsível, visto que essa categoria irregular, que faz transporte de passageiros de forma irregular e remunerada, ela tem previsão no Código de Trânsito Brasileiro E que proíbe o transporte de passageiros em carro particular. Esse transporte remunerado e que não é cadastrado é irregular”, afirmou.
Na última sexta-feira, o Ministério Público enviou recomendação para Prefeitura de Teresina, pedindo para evitar a retenção de veículos, apreensão e aplicação de multas ao veículos do Uber em Teresina. O juiz, no entanto, não acatou a recomendação e a Strans garante que enquanto isso não ocorrer, a fiscalização vai continuar.
“Aqui na capital, quando a lei federal for aprovada, a categoria de Uber terá que vir para a diretoria de transporte e enquanto isso não acontecer ou não tiver uma ordem judicial para a Strans suspender as ações, nós vamos continuar fazendo fiscalização”, acrescentou.