Motoristas e cobradores de ônibus denunciam péssimas condições de trabalho e exploração

Motoristas e cobradores de ônibus denunciam péssimas condições de trabalho e exploração

Motoristas e cobradores estão acumulando dupla função sem o devido recebimento de pagamentos.Além da sobrecarga nas funções, os profissionais ainda circulam com ônibus sucateados e passiveis de panes a todo instante.

Os cobradores e motoristas de ônibus urbano, rural e intermunicipal denunciam exploração e péssimas condições de trabalho em Teresina. Alguns deles passam muito tempo trabalhando com jornadas de até 12 horas de trabalho.

“O trabalhador cansa de esperar a melhora no horário e pede demissão”, disse o cobrador Antônio Carlos.

Eles alegam estar acumulando dupla função, onde alguns motoristas também trabalham como mecânicos e cobradores exercem função de motorista mas não recebem mais por isso.

Dentre as reivindicações da classe está também a má condição dos ônibus e o aumento da frota que não aconteceu. Há dois anos haviam mais de 2 mil funcionários entre cobradores e motoristas, hoje apenas 1.600 funcionários movimentam a frota em Teresina, que segundo informações, ao invés de aumentar está diminuindo.

A falta de estrutura nos ônibus que são sucateados é um reflexo do uso de peças de ônibus antigos.

Segundo Francisco Oliveira, presidente do Sindicato de Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviário do Piauí (SINTETRO) a classe também defende a diminuição da tarifa de ônibus.

“A própria Strans diz que reconhece que a tarifa de ônibus é defasada. Mas acreditamos que depois de assinada a licitação, a prefeitura de Teresina deverá pagar a diferença desse valor”, disse Francisco Oliveira.

Os usuários afirmam que a demora dos ônibus intermunicipais se torna mais difícil por conta da ausência de estrutura nas paradas.

“O ruim é esperar os ônibus assim. E quando eles vem ainda são muito ruins”, disse um usuário de ônibus.

A Strans e a Prefeitura de Teresina foram convidadas a se pronunciar sobre o assunto, mas não entraram em contato.





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Por: Fabrize Lima

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