Algumas imagens do circuito interno do Terminal Rodoviário Petrônio Portela flagraram recentemente um homem com uma pasta debaixo do braço. Nela, estão todos os documentos, passaportes e dinheiro de uma mulher, de 36 anos, que teme ser identificada.
Ela reside em Portugal e após 3 meses de férias no município de Loreto, no Maranhão, na casa de familiares, resolveu voltar de ônibus para Fortaleza, de onde iria embarcar para casa.
A mulher e os dois filhos, um de 6 e uma garotinha de 1 ano esperavam um ônibus da empresa Transbrasiliana quando foi abordada pelo assaltante e teve a sua pasta levada. Sem parentes em Teresina ela teve que dormir no terminal com as crianças.
O caso ocorreu no último dia 31 de julho. A mulher diz que não recebeu auxílio da empresa de ônibus e nem da rodoviária. Ela acredita que dois fatores contribuíram para que o assalto acontecesse: a falta de segurança do terminal e o atraso do ônibus.
Ocorreu um atraso de mais ou menos cinco horas. Se o onibus tivesse cumprido o horário, não teria ocorrido o roubo. Eu preciso da minha documentação para regressar a Portugal. "Eu pretendo processar a empresa de ônibus e talvez a segurança do terminal rodoviário. Ela afirma que está abrigada na residência de um amigo da família."
Um boletim já foi registrado no 10o Distrito Policial e quer apenas todos os seus documentos para voltar a Portugal. "Eu não posso estar aqui na casa de outras pessoas como se fosse um passeio!"
Na empresa ninguém quis se pronunciar, mas uma funcionária afirma que o local está perigoso. “Aqui teve um tiroteio na semana passada. Aqui não tem segurança.
O diretor do terminal não quis gravar entrevista. Os passageiros temem e dizem que o terminal não tem segurança alguma. “A gente não vê segurança aqui. Nó estamos aqui com uma criança, mas a única segurança que temos é a de Deus”, disse uma passageira, que andava com seu filho ainda criança.