O Exército mostra suas armas contra a seca com veículos e equipamentos que levam água para 61 municípios piauienses, atingidos pela estiagem. A Operação Carro-Pipa lavará água principalmente para essas cidades que estão com maior dificuldade.
Os veículos são responsáveis pelo transporte da água até os municípios. Antes disso ocorre a captação da água com as motobombas que possuem mangueiras que permitem retirar a água dos mananciais. A população não pode fazer isso normalmente, mas a motobomba faz com a força da pressão.
Após isso, a água é transferida para uma espécie de bolsa que cabe até 6 mil litros. Em seguida, é despejada no caminhão tanque e levada para abastecer cisternas e locais de armazenamento nos municípios. Há também os carrros-pipa menores com capacidade para 4 mil litros.
Na Operação Carro-Pipa são usados os caminhões maiores, que inclusive já estão na região que vai ser beneficiada com esse tipo de atendimento. A Operação, que foi apresentada hoje para os prefeitos, é uma ação do 15º Batalhão de Caçadores do Exército.
Visando anemizar o desabastecimento, sobretudo nas zonas rurais desses municípios, onde cerca de 200 mil habitantes são beneficiados, 1.500 pipeiros são convocados todos os anos. Eles são selecionados entre os moradores das regiões, trata-se de uma parceria que os municípios contam de forma emergencial.
Uma das cidades beneficiadas é Pio IX, onde 6 mil pessoas dependem da ajuda do Exército nesse período do estiagem. Segundo a prefeita do município, Regina Coeli, na zona urbana haverá racionamento. “A gente está vendo como saída é também a utilização dos carros-pipa. Nós queremos mais qualidade e estamos pedindo o mais básico: água para nossa população”, afirmou.
O comandante Nixon, do Exército, explica que no segundo semestre a Operação será reforçada. “Nós estamos aqui hoje já fazendo planejamento para agosto, setembro e outubro quando ocorre o B-R-O-Bró, como é conhecido o período mais quente do ano. A Operação tem que se preocupar com mananciais, pipeiros e cisternas e são várias fiscalizações. Nós adquirimos bastante combustível, cloro para água e, além de levar água, que é o objetivo, ainda gera empreso”, disse.