O deputado federal Marcelo Castro (PMDB) esteve, nesta segunda-feira (31), no Agora falando sobre a possível aliança entre o PT e o PMDB no Piauí.
De acordo com o parlamentar, as conversas com o governador Wellington Dias tiveram início antes do período eleitoral e foram retomadas após o pleito. Para Marcelo Castro, embora hajam dissidências, a tendência é que o partido participe do governo.
"Nós temos conversado, essas conversas se iniciaram antes do período eleitoral, foram suspensas, e agora depois das eleições o governador nos procurou novamente. Ele tem conversado comigo e com o Themistocles Filho no sentido de o PMDB participar do seu governo e entendemos que a consequência disso é o PMDB apoiar sua eleição em 2018. Majoritariamente, o partido está com essa tendência de aceitar o convite do governador e estamos discutindo os espaços que o PMDB pode ocupar no governo”, afirmou Marcelo Castro.
O parlamentar ainda falou que, caso o PMDB aceite participar do governo Wellington Dias, o partido irá pleitear uma pasta de destaque na administração.
"Nós já discutimos alguns espaços, têm-se falado na SESAPI, na SDR e no DER. A verdade é que o PMDB indo participar do governo, irá querer um espaço à altura de sua força e sua representação política, isso é inegável”, afirmou Castro.
Quanto à rejeição de grupos petistas à aliança com o PMDB, o deputado federal destacou que não tem percebido e relembrou que foi um dos parlamentares que votaram contra o impedimento da ex-presidente Dilma Rousseff.
"Quanto à rejeição ao PMDB, Eu nunca vi isso, mesmo porque, a nível federal, o PMDB só tem como representante eu, e eu votei contra o impeachment, defendendo a Dilma. Essa crítica tem ocorrido mais em relação à coligação com o PP, do Senador Ciro Nogueira e da deputada Iracema portela, que foram favoráveis ao impeachment”, destacou.
Marcelo Castro reiterou que o convite para participar do governo foi feito pelo governador Wellington Dias e afirmou acreditar que o PT irá receber bem a aliança.
"A sensação que eu tenho é que o PMDB será recebido de braços abertos pelo PT. E é bom que se frise que isso foi um convite do governador, não foi o PMDB que o procurou”, disse.
Marcelo Castro negou que tenha sido convidado para comandar a Secretaria de Saúde e destacou que não deve indicar ninguém na aliança.
"Esse convite não foi feito e eu me sentiria mal em tratar de um assunto que eu não fui convidado ainda. Eu acho muito provável que a indicação para qualquer secretaria seja feita aqui na base de Teresina, que não seja no plano federal”, disse.
Eleições 2018
O deputado federal, que é presidente estadual do partido, destacou que, caso o PMDB aceite a aliança, o compromisso será estendido às eleições de 2018, com o partido indicando um nome para uma das vagas majoritárias.
"Nas conversas que eu tenho tido com o PMDB, eu tenho dito que o partido já está dando apoio administrativo ao governo Wellington Dias, aprovando matérias na Assembleia Legislativa. A ida do PMDB para o governo quer dizer muito mais, que estamos fazendo uma aliança para 2018 e isso é um caminho sem volta. Então, eu chamei o partido para a gente refletir nessa decisão que é muito grave e muito importante. A hora de não ir para a base é agora. Não indo, não temos nenhum compromisso, nenhuma responsabilidade. Agora, a gente indo eu entendo que está fechado o compromisso para em 2018 nós marchamos juntos”, destacou.