Nesta quarta-feira (28), o secretário de Fazenda do estado do Piauí, Rafael Fonteles, participou do Jornal Agora para falar sobre a sua ida à Assembleia Legislativa do Piauí, onde apresentou os dados orçamentários do último quadrimestre de 2017. O gestor ainda comentou o impasse na liberação dos recurso oriundos da operação de crédito feita pelo Governo do Estado junto à Caixa Econômica Federal.
Na última terça-feira (28), a Caixa divulgou uma nota em que afirma que a análise da prestação do contas feita pelo governo deve ser concluída em 45 dias. Para Rafael Fonteles, a expectativa é que este trabalho seja concluído em 30 dias.
“Há urgência no recebimento desses recursos, várias obras com risco de parar e algumas já parando realmente porque a gente precisa pagar as medições que estão em aberto para que as construtoras deem prosseguimento às obras que estão em andamento”, afirmou.
Dentre as obras citadas pelo secretário, constam a rodovia Transcerrados, as rodovias que ligam Dom Inocêncio a São Lourenço e Picos a Itainopolis, além da a adutora do litoral e as duplicações das BR’s na capital piauiense.
Rafael Fonteles ainda criticou o fato de os técnicos do Tribunal de Contas do Estado chegaram a ingressar com uma liminar pedindo que os recursos não sejam liberados, devido às irregularidades encontradas durante a análise.
“Nos causou espanto no momento em que os técnicos do TCE chegaram a pedir liminarmente para o dinheiro não vir. Nem os deputados de oposição solicitaram isso. Há uma unanimidade na Assembleia para os recursos virem. Esse debate técnico, de contraponto, tem que acontecer. O que não pode é ficar com um relatório sendo a verdade final dos fatos, tem que haver um contraponto. Em nenhum momento, nesses seis meses, nós fomos notificados, chamados a esclarecer alguma coisa. Só tivemos cinco dias para responder um relatório que foi feito em seis meses”, destacou.
Política
O secretário descartou a possibilidade de deixar o cargo no início de abril para concorrer a um cargo eletivo nas eleições de outubro de 2018.
“Não tem nenhum fundamento, qualquer possibilidade de candidatura e a não ser que o governador me exonere por outro motivo, não irei me descompatibilizar. Estou ciente dos desafios que temos sobre os nossos ombros na Secretaria de Fazenda, ajudando a fazer uma boa gestão e nosso propósito é esse”, afirmou.