O Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO), deflagrou a Operação Refranata na manhã desta quarta-feira (29), visando dar cumprimento a 26 mandados de busca e apreensão e 16 prisões preventivas (algumas já realizadas no decorrer de outras ações policiais), relacionadas principalmente ao combate de crimes de estouro de caixas eletrônicos e roubos a bancos,assim como crimes correlatos de roubos de veículos, tráfico de drogas e outros.
Pelo menos 10 pessoas foram presas. Um dos mandados de condução coercitiva foi cumprido em desfavor de um policial militar que, segundo as investigações, teria sido visto várias vezes na companhia do grupo criminoso. O policial também estaria envolvido em uma supostas fraudes em concurso públicos.
De acordo com o delegado Gustavo Jung, do Greco, o policial mantinha convívio com os integrantes da organização criminosa. “O questionamento que nós queremos fazer é justamente do envolvimento dele [policial] com pessoas da organização criminosa, porque é bastante curioso que nós tenhamos aí um policial militar, que é uma pessoa para nos dar segurança, com convívio diário com pessoas ligadas ao crime, inclusive aparentando estar participando da logística dos crimes da quadrilha que nós investigamos”, afirmou.
Conforme o delegado, o PM prestou depoimento e já foi liberado. “Ele já foi liberado e prestou esclarecimentos. Ele foi ouvido na presença do advogado e de um membro da Corregedoria da Polícia Militar e logo em seguida liberado. Agora, as investigações continuam, vamos fazer o contraste das informações e saber se há elementos informativos suficientes para pedido de medida cautelar”, explicou o delegado.
Alguns dos presos na Operação são foragidos na Justiça. Os assaltos realizados ocorreram em Teresina, Monsehor Gil e Nazaré do Piauí. “Podemos destacar que esse grupo tem ligação com estouro do Banco do Bradesco de Nazaré do Piauí há duas semanas atrás; há grande possibilidade de alguns deles terem participado de ações no prédio do TRT e em Monsenhor Gil, também Bradesco. Nós temos elementos informativos que ligam eles aos veículos roubados, veículos usados nas ações. Então é o grupo que está norteado por essas pessoas”, acrescentou.
“Alguns deles tem passagem pela polícia, mas estavam em liberdade e agora retornaram para estarem à disposição da Justiça por ordem de cumprimento de mandado de prisão preventiva”, disse.
Os presos nesta operação estavam planejando sequestrar um casal de empresários do ramo da educação da zona Norte da Capital. “O plano criminoso estava sendo concretizado e por conta da intervenção do Greco, nessa operação da Polícia Civil, o crime não aconteceu”, informou.