Paquetá: Policial não chegou a sacar arma, afirma delegado

Paquetá: Policial não chegou a sacar arma, afirma delegado

O delegado Everton Ferrer, da Gerência de Policiamento do Interior, durante entrevista ao vivo no Agora da Rede Meio Norte, afirmou que o acusado de matar o policial militar Daniel Marcos Ferreira da Silva, 48 anos, dentro da Delegacia do município de Paquetá do Piauí, possui extensa ficha criminal. Ele informou à PM que seu nome é Wagner.

“É um velho conhecido da Polícia Militar e Civil de Picos, com passagens desde de 2006, 2007 e 2012 por roubo a mão armada e também já tem passagem por porte de arma. Ele é um indivíduo perigoso, passou quatro anos preso e foi solto em novembro do ano passado. Ele, no entanto, voltou a praticar crimes, inclusive está sendo investigado pela polícia de Picos por um crime que ocorreu recentemente na cidade”, afirmou.

O delegado explica, em detalhes, como ocorreu o crime. “Ele estava provavelmente fugindo da cidade de Picos em direção ao município de Paquetá. Ele parou em um povoado, pediu carona para chegar e os populares perceberam a presença estranha do mesmo e acionaram à polícia. O cabo Daniel exerceu seu trabalho, foi até o local e o conduziu para Delegacia. Nessa abordagem, ele foi levado para uma sala, se recusou a se levantar para o policial ver se havia alguma arma, obviamente ele já estava com duas armas. Nesse momento provavelmente houve uma luta, ele teria corrido para outro comodo e lá teria sacado a arma, atingindo a cabeça do policial. O cabo Daniel deve ter caído", relatou o delegado. 

O acusado, durante depoimento, confessou o crime e afirmou que a vítima teria sacado a arma, versão não confirmada pela polícia. “Temos informações de testemunhas de que o policial não chegou a sacar a arma em momento algum e ele [acusado]  pode falar o que quiser falar”, acrescentou.

O crime

O acusado teria aproveitado a desatenção do policial, pego a arma e desferido contra ele vários disparos. Daniel teve morte imediata no local. A Delegacia de Paquetá do Piauí foi tomada pelos moradores.

O corpo do policial ficou no local aguardando a chegada da perícia para levantar informações da cena do crime. Daniel morava em Picos e estava há pouco tempo trabalhando na cidade.

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