Nesta terça-feira (28), o quadro Jogo do Poder repercutiu uma possível saída do PMDB da base do governador Wellington Dias no Piauí, após a reunião entre o PT e o PP, em Teresina, na última sexta-feira. PP e PMDB no Piauí disputam a indicação do vice-governador, atualmente ocupada por Margarete Coelho (PP). Os peemedebistas defendem a indicação do presidente da Assembleia Legislativa, Themistocles Filho, para a chapa.
O deputado estadual João Madison (PMDB) afirmou, nesta terça, ao repórter Efrem Ribeiro, que o partido não abre mão da indicação para a vaga de vice-governador na chapa majoritária encabeçada por Wellington Dias. Os peemedebistas estiveram reunidos ontem para discutir a possibilidade deixarem a base caso PP e PT tenham decidido pela composição da chapa sem ouvir o PMDB.
“Nós tivemos uma reunião ontem com todo o partido porque saiu umas versões de uma reunião que tinha havido do governador com o PP. Nessa conversa, foi ventilado, não sei se é verdade, que o PP teria vetado o nome do Themistocles como candidato a vice-governador. Eu achei isso muito esquisito, até porque eu estive com o Ciro e ele nunca colocou isso como um obstáculo, mas o PMDB resolveu fazer uma reunião e o Marcelo Castro marcou uma reunião com o governador amanhã para tratar sobre isso”, disse.
De acordo com o deputado, não existe outra opção para o PMDB na chapa. Para ele, o partido romperá com o governador caso Themistocles Filho não seja o candidato a vice-governador. João Madison chegou a afirmar que o partido pode até vir a apoiar o ex-governador Wilson Martins (PSB).
“Quando nós fomos apoiar o governador, dissemos que queríamos uma posição na chapa majoritária e o nome que nós indicamos é o do presidente da Assembleia, deputado Themistocles Filho. Nós não temos plano B, ou é o Themistocles ou nós vamos ter que procurar outra alternativa a partir de março de 2018. Nós temos o nome do Wilson Martins, que foi um grande governador, que nos podemos votar, não há problema nenhum em votar no Wilson”, afirmou.
Marcelo Castro cobra participação do PMDB nas decisões sobre a chapa
A jornalista Samantha Cavalca entrevistou o deputado federal Marcelo Castro e ele falou sobre o encontro que terá com o governador Wellington Dias nesta quarta-feira. Para Marcelo Castro, a relação do PMDB com o governador está muito amadurecida e ambas as partes estão satisfeitas.
“Não há motivos para muitas apreensões e inseguranças. Nós temos uma relação muito amadurecida com o governador Wellington Dias, ele tem sido excepcional no cumprimento de tudo aquilo que ele acertou com o PMDB, o partido é 100% satisfeito com a condução do governador e acho que ele é 100% satisfeito com a condução do PMDB. É só observar nas votações que têm na Alepi, qual o partido mais presente e mais enfático na defesa do governador Wellington Dias”, destacou.
Marcelo Castro afirmou, no entanto, que o PT e o PP sozinhos não podem decidir sozinhos os rumos da composição da chapa para 2018, tendo em vista que os outros partidos da base precisam ser ouvidos no processo. Para o presidente do PMDB no Piauí, o fato de a decisão sobre a composição ficar centralizado entre PT e PP soa como um convite para que os demais aliados deixem a coligação.
“Houve uma reunião do PP com o PT, uma reunião normal, desejável, é muito importante que os partidos que estão na base dialoguem, mas, evidentemente que estes dois partidos, por mais força que têm, não tem a hegemonia das decisões políticas. Porque nós vamos ter na chapa do governador Wellington Dias uns 15 partidos aliados. Dois, por mais importantes que sejam, não podem decidir sobre os demais, ainda mais que nesta composição tem um partido com a força do PMDB, que é um partido que já teve vários governadores do estado, tem um senador, um deputado federal, um suplente de deputado federal quase 80 mil votos, sete deputados estaduais. Evidentemente, o PMDB é um partido que está ajudando a governar, vai ajudar a eleger o governador Wellington Dias, vai ajudar na governabilidade do segundo mandato e esse partido vai participar nas composições das chapas, majoritárias e proporcionais. Seria impensável que dois só decidissem e os demais, se quisessem, acompanhassem, seria quase que um convite para que os demais partidos saíssem da coligação. Evidentemente, que um político experiente como o governador Wellington Dias jamais faria uma coisa dessas”, afirmou.
PMDB Nacional quer Marcelo no Senado
De acordo com Samantha Cavalca, o presidente Michel Temer tem interesse na filiação do ex-senador João Vicente Claudino ao PMDB. Nacionalmente, o partido não está interessado em ter nomes para vice, porque pretende aumentar a bancada do partido no Congresso Nacional. No Piauí, para o PMDB nacional, a prioridade é que o partido dispute uma vaga no Senado, com o deputado federal Marcelo Castro.