O policial civil Amarildo Carlos de Oliveira que juntamente com o irmão, Rafael de Oliveira Costa, foi acusado de tentar matar três pessoas no bairro Palmeirais, na zona Sul de Teresina, no último domingo, procurou a Rede Meio Norte para se defender. O policial negou todas as acusações e fez criticas quanto ao trabalho realizado pela Corregedoria da Polícia Militar.
“Uma pessoa foi até minha residencia e pegou esta pulseira de ouro e trocou em uma boca de fumo por R$ 20 reais. Eu, então, tomei conhecimento e fui até a casa onde funcionava esta boca de fumo, no sentido de recuperar meu objeto. Ao chegar lá, eu fui recebido à bala, e, então, tive que revidar. Eu acho engraçado é alguém chegar até a Corregedoria da Polícia Militar e fazer uma denúncia contra mim, dizendo que eu fui fazer um assalto. Quem me conhece sabe que sou policial, e não faço assalto”, se defendeu.
O policial também nega ter participado do assalto a um posto de combustível localizado no Lourival Parente, na zona Sul da capital, ocorrido no ano passado. “Lá tem todas as imagens de quem fez este assalto. O dono do posto é meu amigo. Eu nunca na vida iria fazer um negócio desse, as imagens podem provar”, acrescentou.
Ainda durante fala com a reportagem, Amarildo criticou a Corregedoria da PM, que fez denúncias contra ele. “Eu acho interessante que a gente vai até a casa de um bandido e só vai uma viatura. Aqui vieram três e empurraram minha mãe. Eles acusaram meu irmão injustamente, que não atirou. Quem atirou fui eu", confessou.
O corregedor da Polícia Civil do Piauí, delegado Adolfo Henrique, rebateu as provocações do acusado. "Absolutamente inverídica. As pessoas que vieram não estavam interessados em prejudicar ele. Elas contaram que ele chegou na casa exigindo a pulseira e o anel de uma das vítimas. Em seguida, levou a vítima para dentro da residência. Ele saiu atirando para cima, ameaçando as pessoas. Queria saber por qual motivo ele fugiu quando viu a viatura da polícia? O advogado diz que eu persigo ele. Eu persegui, sim, no domingo, quando sai atrás dele, ele numa moto vermelha. Ele me viu. Em momento algum eu chutei a porta da csa dele”, afirmou.
Segundo o delegado, um dia antes do crime, Amarildo efetuou pelo menos cinco tiros contra um rapaz no Promorar. “Um dia antes de tocar esse terror, ele deu cinco tiros em um rapaz lá no Promorar. O rapaz está quase inválido. Isso ocorreu um dia antes dele tocar todo esse terror. Quero saber que o senhor tem a dizer, senhor Amarido? Várias pessoas o reconheceram como assaltante, vizinhos contaram como tudo aconteceu”, contou.
Amarildo e o irmão Rafael, que já está preso, são acusados de tentativa de latrocínio [roubo seguido de morte] contra três pessoas identificadas como Antônia Suely dos Santos, Antônio Anderson de Araújo e Francisco Elisson Araújo.
O delegado nega que tenha agido fora da lei e explica porque Amarildo não foi preso. “Ele esperou passar o período do flagrante. Ele se apresentou ontem e nós estamos investigando a situação. Eu agi de forma correta e faria de novo", enfatizou.