Políticos têm contas de WhatsApp clonadas e polícia investiga

Políticos têm contas de WhatsApp clonadas e polícia investiga

Nos últimos meses, uma prática criminosa tem se tornado frequente em todo o Piauí: clonagem de números de aparelhos celulares. No entanto, o alvo das ações tem sido gestores municipais e estaduais, empresários, advogados, secretários de estado e até juízes. 

Os criminosos clonam as linhas telefônicas das vítimas com a ajuda de funcionários de operadoras de telefonia. Após a clonagem, a vítima tem seu aplicativo de mensagens instantâneas bloqueado e perde acesso. É quando a quadrilha assume a identidade da vítima e entra em contato com funcionários, aliados e amigos para solicitar grandes quantias em dinheiro.

“Esses golpes acontecem frequentemente no período noturno, eles vêem que a vítima não está mais online e possivelmente com ajuda de alguma pessoa que trabalha nas operadoras, eles conseguem derrubar o número de telefone daquela vítima, uma vez derrubando ele começa a se passar por aquela pessoa e somente no outro dia de manhã, quando a pessoa acorda que percebe que seu numero foi clonado.” disse o coordenador da Delegacia Especializada na Repressão aos Crimes de Alta Tecnologia - DECAT, Daniel Pires.

Nos últimos meses já foram registrados cinco pessoas Boletim de Ocorrência, denunciando o golpe.  No Piauí além de secretários de estado, dez prefeitos da região Sul tiveram a conta clonada.

A quadrilha passou a usar suas contas de WhatsApp para solicitar transferência de recursos públicos para contas bancárias até agora desconhecidas.

“Teve pessoas que não tiveram prejuízos, teve pessoas que tiveram prejuízos de R$ 3 mil e teve uma outra vítima que narrou que teve prejuízo de R$ 80 mil.” afirmou o coordenador do DECAT.

O deputado federal Átila Lira (PSB) foi um das vítimas e teve seu telefone celular clonado por uma quadrilha, que atua em Teresina e em Brasília (DF). O deputado teve sua conta no aplicativo WhatsApp clonada e os criminosos estavam solicitando que seus amigos e apoiadores depositassem dinheiro em uma conta bancária que não pertencia a ele.

Outra vítima recente desses criminosos, foi o prefeito de Sigefredo Pacheco Oscar Bandeira que registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia Polícia Civil de Campo Maior (86 km de Teresina), denunciando invasão ao seu aplicativo de mensagens instantâneas, WhatsApp

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