Promotoria investiga caso de jovem paraense vítima de estupro coletivo no Piauí

Promotoria investiga caso de jovem paraense vítima de estupro coletivo no Piauí

Uma jovem de 22 anos que não quis ser identificada procurou fez uma denúncia sobre um caso que aconteceu com ela em um evento de capoeira na Adufpi (Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí), na zona Leste de Teresina. Natural do Pará,  a vítima veio para Teresina somente para participar desse encontro e, segundo ela, foi vítima de um estupro coletivo.

Durante 20 anos o espaço é cedido para realização do evento que aconteceu nos dias 7 e 8 desse mês. A organização realizou uma confraternização entre os alunos para celebrar o momento. Todos começaram a beber e a jovem sentiu uma grande sonolência. Pouco tempo depois, quatro homens invadiram o local e começaram a estuprá-la durante quatro horas.

“Eu vim do Pará para participar desse evento, quando no final do dia começamos a beber. Eu suspeito que tinha alguma coisa na minha bebida porque eu não bebi muito mas logo comecei a sentir muito sono. Então fui para o meu quarto, quando eu já me encontrava deitada, eles entraram lá e abusaram de mim. Eu não tinha força para nada, quando eu consegui mandar eles irem embora eu apenas dormi de novo. No dia seguinte eles assumiram o erro e vieram me pedir desculpas, disseram que não sabiam porque tinham feito isso, colocaram a culpa no álcool. O outro disse que tinha sido possuído pelo diabo para ter feito uma barbaridade dessas”, afirmou ela em depoimento.

Logo após se sentir melhor, a jovem resolveu ir até a delegacia da mulher registrar queixa do ocorrido. “Eu fui procurar o organizador do evento para pedir ajuda, mas ele achou que de alguma forma eu ia prejudicá-lo, as palavras que ele usou fizeram com que eu me sentisse muito culpada e não conseguisse raciocinar porque estava em choque. Mas mesmo assim fui na delegacia da mulher e registrei uma queixa. Vi que não tinha ido para frente e eu estava sozinha, então fui para Belém procurar ajuda de alguém, dos meus amigos e da minha família. Agora resolvi voltar com o meu advogado para dar continuidade”, declarou.

Ainda segundo ela, dos quatro envolvidos, três são conhecidos. “Eles eram quatro, sendo que dois são alunos do professor de capoeira, um eu tinha contato e conhecia a esposa dele e o outro é do Maranhão. De todos eles, dois são de Teresina, o do Maranhão mora lá mas também é de Teresina”, relatou ela.

A Adufpi informou que um processo administrativo está sendo instaurado par elucidar as circunstâncias do fato ocorrido.

O Promotor de Justiça, Francisco de Jesus Lima, participou do Programa Agora e disse que a investigação está sendo feita para efetivação da denúncia.

“A mulher em situação de violência está acuada, mas ela registrou e foi até a direção do evento e não foi atendida. Ela pode estar certa de que o Piauí tem a melhor rede de atenção às mulheres. As investigações estão sendo feitas com a delegacia da área e vamos dar toda assistência a essas e outras vitimas. A mulher que sofrer violência pode sim buscar amparo”, disse Francisco de Jesus Lima.

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