O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil(OAB), Marcus Vinícius Furtado, participou do quadro Bastidores da Política, do programa Agora, da Rede Meio Norte, para falar sobre o fim do financiamento privado das campanhas públicas.
Evento da OAB em Teresina
“Nós transferimos a sede da OAB nacional para Teresina, nos dias de hoje e amanhã, onde já se encontram todas as secionais da ordem, portanto, 27 secionais. Iremos discutir temas relacionados à advocacia e discutir o Brasil. Estamos convidando todos os advogados para participar desse evento. Logo mais a partir das 19 inauguraremos o Centro Cultural e departamento de apoio ao jovem advogado. É mais um instrumento e prestação de serviço a sociedade”, afirmou.
Voto contra financiamento privado das campanhas públicas.
“O ministro que votou ontem foi Gilmar Mendes. Já o Joaquim Barbosa votou a favor da OAB, mesmo antes de se aposentar. O ministro está ao lado da OAB nesta campanha. A cada eleição, a contribuição empresarial para cada partido ou candidato acaba levando para a administração indevida, seja legal ou ilegal. A própria operação Lava Jato, por exemplo, mostra que, campanhas que muitas vezes dizem ter recebido financiamento legal, na verdade, receberam financiamento ilegal. O que a OAB fez há cinco anos atrás, não é constitucional essa doação, pois a pessoa física pode doar, mas a empresa não. Empresa não é povo. Hoje, a maioria do Supremo Federal, concluiu que é inconstitucional. O que move a OAB é fazer com que a sociedade perceba”, afirmou.
CPMF e impostos
“Estamos agora contra o aumento de imposto, contra a CPMF. Não achamos correto que o governo jogue para a população brasileira o ônus de tampar o buraco nos cofres públicos. A dona de casa, por exemplo, quando tem mais despesa que receita, faz cortes. Então, que o governo também corte esses mais de 39 ministérios”, disse.
Fim do finaciamento milionário em campanhas políticas
“Eu tento levar a voz do Piauí para o Senado Federal. Essa decisão por si só não vai resolver a corrupção administrativa, caixa dois no Brasil. Com a introdução do fim do financiamento empresarial a candidatos e partidos, nós iremos inverter a curva que hoje está crescendo. A cada campanha ouvimos falar: foram gastos 5 milhões, 10 milhões, 20 milhões. Vamos inverter essa curva. Uma campanha que a OAB irá fazer nas eleições do próximo ano será: Não vote em candiato com campanha milionária. Hoje, com a acesso internet, a informação está disponível para todos. Então, vamos fazer uma colaboração com eleitores. Nós temos que defender a democracia brasileira. Que os candidatos venham participar. Queremos acabar com o termo “estrutura de campanha” que é um nome utilizado para designar corrupção na política”, destacou.
Cortes do governo
“Nós temos que diminuir esses ministérios pela metade e ter uma política de cortes. Estamos vivendo uma crise política e econômica que também é ocasionada por uma crise de ética no país. As conquistas sociais ficam ameaçadas. Queremos que o Brasil volte a ter potencial econômico”, disse.