Roberto Jefferson diz que PTB vai apoiar JVC em suas escolhas

O deputado concedeu entrevista ao Jogo do Poder

O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, disse, nesta sexta-feira (08), durante entrevista para o Jogo do Poder, que o partido vai apoiar João Vicente Claudino em suas escolhas, tanto nas eleições de 2020, quanto em 2022. 

"O caminho que ele escolher, ele terá o apoio do PTB nacional, ele está no momento de reconstruir o PTB no estado inteiro, eu não sei como ele faria para se dedicar a uma campanha de prefeito em Teresina, que toma muito tempo, se ele tem uma missão a nível estadual. Eu ouvi discurso lançando ele a prefeito de Teresina e ao Governo do Estado, nós temos que ouvir sua vontade e dá total apoio", disse.  

O deputado afirmou que João Vicente é fundamental para a reconstrução do PTB no Piauí. "O João Vicente é um líder nacional do PTB, o partido diminuiu com esse período sabático que ele fez, para consolidação da sua família e do seu eu interior. Ele foi um líder no passado que construiu o PTB no Piauí de uma maneira gigante, quando ele nos entregou o partido ele nos entregou com dois deputados federais, cinco estaduais, 75 prefeitos e um senador. Quando ele se afastou, o partido encolheu e hoje tem um deputado federal suplente, dois estaduais e 14 prefeitos, o partido acabou, o que demonstra a liderança dele no Piauí. E, mais do que isso, ele é uma liderança forte no Maranhão, ele ajuda o partido na Paraíba, ajuda em Pernambiuco, ele é um líder nacional. Então quando um homem desse se afasta o partido míngua.  Quando ele retorna, estava no nosso palanque o governador do Estado, que é do PT, e o prefeito de Teresina que é do PSDB, Firmino Filho e Wellington Dias, é um homem que agrega e constroi em favor de um sentimento de paz, de harmonia, um sentimento positivo que pode avançar tanto na municipalidade como no Brasil", afirmou.

Roberto Jefferson também falou sobre o atual momento que o país vive e condenou a polarização na política. "Nós estamos vivendo uma fase de intolerância, não há mais aquele sentimento de respeito à vontade da minoria e da maioria, há muito ódio,  está tudo muito polarizado entre direita e esquerda e o centro, que é o equilíbrio do país, está sendo relegado a segundo plano", afirmou. "Revisar a Constituição para que? Ela é recente, de 88, nós temos que viver sob a sua égide", completou.

 Ele afirmou ainda que uma possível candidatura futura de Lula à presidência da República vai acirrar ainda mais os ânimos no país. "Vai radicalizar, se ele for candidato ele já tem a antítese que é o Bolsonaro, cresce o Bolsonaro e cresce o Lula. Um vai fazer a escada para o outro e o centro, que é o equilíbrio, fica em prejuízo outra vez. Essa polarização na eleição passada, inclusive, nos prejudicou. Nós temos que ter muito cuidado para um discurso moderado poder crescer em meio a essas forças que se enfrentam".  

Sobre os desentendimentos com Paes Landim, ele afirma que não guarda mágoas do parlamentar. "O Landim brigou comigo, com todo respeito que o Landim merece, eu argumentei com ele que nós estamos ficando velhos, eu tenho 66 e ele está com 85. Ele fica em Brasília o tempo todo, mas precisa percorrer o estado para refazer o partido, o João Vicente tem vigor, tem condições pessoais para correr o estado, ele não pode, o partido vai minguar. Ele ficou zangado comigo, me xingou com tudo que é nome, ofendeu minha mãe, disse para eu fazer exame de novembro azul", brinou o deputado. "Anteontem eu tive na liderança do partido e dei um abraço nele e ele ficou meio sem saber o que fazer", finalizou.

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