Dr. Pessoa diz que demitirá comissionados “apadrinhados”

Dr. Pessoa diz que demitirá comissionados “apadrinhados”

O candidato ao Governo do Estado pelo Solidariedade, médico Dr. Pessoa, foi o oitavo a participar da segunda rodada de sabatinas com candidatos nas Eleições de 2018, no Agora da Rede Meio Norte, na tarde desta segunda-feira (01/10). O candidato falou de suas propostas e projetos caso seja eleito governador do Piauí e criticou a atual gestão.

Dr. Pessoa respondeu perguntas dos integrantes do programa, jornalistas Arimatéa Carvalho, Samantha Cavalca, Ananias Ribeiro e Amadeu Campos. Nos 10 minutos finais, o candidato respondeu questionamentos enviados pelos telespectadores. Sabatina teve duração de 30 minutos. 

Dr. Pessoa é sabatinado no Agora da Rede Meio Norte

Amadeu Campos: Candidato, qual a estratégia para nos últimos dias de campanha?

Dr. Pessoa: Amadeu, jornalistas presentes, acho que é a mesma, o perfil é entrar em contrato com o povo, abraçar o povo, sair nas cidades e é o que estou fazendo diuturnamente. Eu ontem saí 06h da manhã para o Médio-Parnaíba, percorri mais de 10 cidades, e o povo fazendo aquele afago, me abraçando. Sem liderança política apareceu não sei quantos, então eu não vou mudar de estratégia. A minha estratégia é ir conversar com o povo, dar um abraço no povo. A minha estratégia é mostrar quem eu sou como cidadão. 

Samantha Cavalca (Ao vivo de Brasília): Dr. Pessoa, da última vez que o senhor foi sabatinado aqui, eu perguntei para o senhor quem era seu candidato para presidente da República, e o senhor disse que ia conversar com o seu grupo. E nessa reta final, já decidiu quem o senhor apoiará? 

Dr. Pessoa: Obrigado, Samantha! Um abraço para você! Na verdade, nós vamos reunir hoje e amanhã para ter uma definição, conversando agora com a major Elizete, 7777, nós vamos discutir. Agora não pertence só a mim, é um grupo que vai decidir  e nós de hoje para amanhã vamos nos reunir-mos para decidir. 

Amadeu Campos: Mas há nomes, quais os mais cotados? 

Dr. Pessoa: São três: Álvaro Dias; Ciro Gomes e Bolsonaro. 

Samantha Cavalca: O senhor disse que não pensa mais sozinho, que é um grupo agora. Na sua opinião, nas suas convicções, desses três que o senhor citou aí qual deles o senhor tender a apoiar? 

Dr. Pessoa: Não penso sozinho, eu penso. Agora eu tenho que absolver o grupo, porque pertenço a um grupo. 

Amadeu Campos: Se dependesse somente do senhor, qual deles seria? Quem seria? 

Dr. Pessoa: Seria a principio o Ciro Gomes. 

Amadeu Campos: A preferência do senhor é pelo Ciro Gomes, mas a maioria é quem vai decidir? 

Dr. Pessoa: É, perfeitamente. 

Amadeu Campos: E essa voz, Dr. Pessoa? Vaio chegar no final [da campanha] sem falar? O que houve? 

Dr. Pessoa: Eu quero me limitar a música do Luiz Gonzaga “sol e poeira”, só que ontem eu tomei chuva, choveu em quase todo o estado do Piauí, aí a voz agravou mais ainda, além de eu não ter uma educação bem postada em relação ao uso das minhas cordas vocais. Mas Deus está me dando a permissão, mesmo com a voz roca, roca roca, de eu me comunicar com a sociedade de modo geral. 

Ananias Ribeiro: Candidato, eu notei na campanha do senhor que o principal lema é “cuidar das pessoas”, o senhor diz que gosta de gente. Então o que falta compreender nessa reta final da campanha é a diferença da candidatura do senhor, do que o senhor propõe para o que está posto atualmente no Governo do Estado, especificamente em pontos como finanças, por exemplo. Como o senhor pretende fazer diferente do que o Governo está fazendo para ter receita no estado do Piauí? Para ter mais dinheiro para fazer as coisas? Porque a gente sabe que hoje as coisas funcionam tudo na base do dinheiro, porque a intenção pode ser boa, mas é preciso ter o recurso para fazer. Então, como o senhor pretende fazer diferente do que hoje está sendo feito pelo Governo do Estado para ter dinheiro e o estado ter dinheiro para fazer? 

Dr. Pessoa: Eu sei que todos vocês aqui jornalistas só tem perguntas inteligentes, como a sua. Mas nós vamos fazer uma Reforma Administrativa para melhorar a eficiência, cortar o desperdício, cortar a mamada que tem aí, tem não sei quantos por cento mamando no dinheiro público; cortar de 30% a 50% essa moçada do roubo do dinheiro, rouba do contribuinte para isso aqui. Eu vou dar um exemplo, o Palácio do Karnak tem em torno de 350 funcionários, e nós vamos deixar pela metade porque ali é cabine de emprego, cabine de emprego. Se nós tivermos eficiência, se nós tivermos corte de desperdícios, se nós tivermos pessoas que vão fiscalizar, competentes, sem ser quem dita; concurso e principalmente aquele que está ocultando seus impostos, que não paga seus impostos; estimular o inadimplente a deixar ele adimplente. Tudo isso gera emprego, e muito. E tem muito dinheiro, só que é conduzido de maneira errada, só que é conduzido para meia dúzia, e nós vamos conduzir o dinheiro público para sociedade, para as pessoas que pagam os impostos. 

Amadeu Campos: O senhor disse Reforma Administrativa, então o senhor pretende economizar quanto com essa medida? O senhor falou aí em demissão de comissionados, redução do tamanho das repartições. Vai economizar quanto? 

Dr. Pessoa: Não dá para dizer, Amadeu, ao pé da letra para dizer, das 69 secretárias que aí estão, tem meia dúzia com perfil de sub secretaria e nós vamos deixar em torno de 30% a 35%. Olha aí a grandeza de economia que nós vamos ter. Ora, se nós vamos melhorar a eficiência para ter uma eficácia, sem comprometer o andamento da máquina pública. Nós não vamos roubar, nem deixar roubar. E aí uma roubalheira, então ai vai sobrar dinheiro, vai sobrar mais dinheiro. 

Amadeu Campos: O senhor falou em afastamento de comissionados, não é? O senhor vai reduzir pela metade, não é isso? 

Dr. Pessoa: Não, comissionado que não tenha função; todo aquele que tenha função, que tenha metas para serem cumpridas, esse não. Eu estou dizendo é aquele apadrinhado, aquele que está lá para pegar o contracheque. 

Amadeu Campos: O senhor não disse que seria a metade desses que só estão lá “apadrinhados” 

Dr. Pessoa: Se é a metade desses lá apadrinhados, essa metade não ficará no meu governo. 

Amadeu Campos: O senhor vai extinguir muitas secretarias? O senhor vai ficar com 35% das atuais? 

Dr. Pessoa: Ou menos. 

Amadeu Campos: Vamos lá, se hoje elas são 69 e vão ser reduzidas para 30%, resulta em 33 secretarias, correto? Os funcionários dessas repartições que serão extintas, o que vai acontecer com eles: eles serão afastados, demitidos ou eles serão reaproveitados nas secretarias que permanecerem? 

Dr. Pessoa: Olha, eu disse agora e você me ajudou aí, quem tiver função, quem tiver metas, quem cumprir essas metas, essa caneta aqui não vai mexer, mas aqueles que estão de cabine de emprego, essa canetinha aqui, eu vou deixar ela inteira, cheira, só para passar o rodo em cima disso aí. 

Amadeu Campos: Inclusive servidores efetivos do Estado? 

Dr. Pessoa: Não, mas se é efetivo do Estado e estar tendo produção, se está ajudando o Estado e se tem a sua responsabilidade, suas metas cumpridas, eu não sou "caça bruxas". 

Amadeu Campos: Mas se a secretaria não vai mais existir, como ele vai ter função? Diga aí uma secretaria que o senhor vai extinguir. 

Dr. Pessoa: Várias delas aí. Delas que eu vou extingui eu posso aproveitar, eu posso aproveitar. Mas aproveitar você diz, Amadeu, nós vamos diminuir em torno de 30% das secretarias, e vamos aumentar a sub governadoria em 7, então vai ficar em torno de 37%, mas ainda tem uma gama e nessas reduções que nós vamos fazer, criar essas sub governadorias, descentralizar a administração pública, para descentralizar. Nós podemos aproveitar esse pessoal, só não queremos aproveitar gente que não tem compromisso. 

Samantha Cavalca: Dr. Pessoa, o senhor disse que metade dos comissionados não trabalham, então como o senhor tem essa informação? Eu também queria saber outra coisa, os comissionados, hoje, eles ocupam 1,8% da folha do governo, então isso é suficiente? Eu volto a pergunta do Ananias, isso é suficiente para tentar equilibrar as contas do governo que o senhor vem dizendo que estão desequilibradas? 

Dr. Pessoa: Desculpe, mas você não ouviu bem o que eu disse. Eficiência, o desperdício, e os 30%/50% que tiram do contribuinte, estão aí mamando, e as obras que tem aí são as obras "sonrrisais", principalmente os calçamentos, faz e no ano seguinte estão esburacadas. Porque aquele que diz que é bonzinho e fazendo obras, mas ele tira a porcentagem dele, que varia de 30% a 50%, o juiz de Direito Marlon Reis, aqui do do Maranhão, ele disse na Rede Globo, desculpe eu falar de outra televisão, no “Fantástico”, mostrando como é que a moçada faz, roubando o dinheiro do povo. 

Nós somos empregados, Samantha. Somos empregados do povo, temos que trabalhar por esse povo, sem desviar o dinheiro público; estão desviando o dinheiro público. Dar com certeza, cortando os desperdícios, tem dinheiro de sobra para fazer as obras. 

Samantha Cavalca: Eu estou falando que hoje os comissionados equivalem a 1,8% da folha do Governo do Estado. 

 Dr. Pessoa: Mais, Samantha, eu não estou, essa redução, escute bem o que eu estou falando, só baseado nessas demissões de 1,8% como vossa senhoria está dizendo. Eu estou citando citando outros setores, a corrupção, estou citando o desperdício, estou acrescentando a eficiência, sem prejudicar o funcionário público. 

Arimatéa Carvalho: Para o sucesso de uma coligação, para o sucesso de uma campanha, para chegar no segundo turno, como o senhor pretende, é preciso, óbvio, que os partidos que integram sua coligação, eles estejam unidos, todos pedindo votos, todos pedindo votos. Eu recebi uma material de campanha de um deputado estadual, o Gessivaldo Isaías, do PRB, que é do partido aliado do senhor. Eu queria que o senhor observasse o santinho dele, frente e verso, e que em nenhum momento tem seu nome, sua foto, seu número. Então eu pergunto, isso não o incomoda? Como o senhor avalia isso? 

Dr. Pessoa: Arimatéa, eu já repeti que aqui é um jornalismo de primeiro mundo. Eu não quero que não esteja me absolvendo Deus, esse eu não quero, não; os demais estão sabendo que com Deus, com o povo que eu quero ir. Se alguém desses com mandatos ou sem mandatos quiserem vir com o Dr. Pessoa, com lisura, mostrando a cara, não sendo maquiado, venham. Mas esses que não estão mostrando a cara, que não querem mostrar para que faça coeso, coesão com esse grupo, que fique lá, que fique lá, que peça para quem quiser. Mas se quiser ficar, eu aceito; mas se não quiser também não vou brigar. Eu não posso é aceitar, aliás, pelo meu comportamento, eu não quero ficar fora é dos mandamentos de Deus, não quero ficar fora do chamamento do povo. Com esses eu estou indo à frente. 

Amadeu Campos: O senhor já fez agenda com o pastor Gessivaldo Isaías? Comício, carreata, caminhada, reunião ao lado dele? 

Dr. Pessoa: Todo dia sai minha agenda, o candidato majoritário, não é que saía atrás, ele tem que ser convidado. A minha agenda é pública, se ele não fez o convite, se no santinho dele não está o meu nome, eu não tenho culpa, não tenho culpa. Eu vou seguir em frente, porque o povo está me chamando e Deus está dando a cobertura. 

Tópicos
SEÇÕES