O governador Wellington Dias, candidato à reeleição pelo Partido dos Trabalhadores, foi o terceiro a participar da série de sabatinas com candidatos nas eleições de 2018, no Agora da Rede Meio Norte, na tarde desta segunda-feira (13/08). Já foram sabatinados Romualdo Sena, candidato ao Governo pelo partido da Democracia Cristã (DC) e Lourdes Melo, candidata ao Governo pelo Partido da Causa Operária (PCO).
O petista respondeu perguntas dos jornalistas Arimatéa Carvalho, Samantha Cavalca, Ananias Ribeiro e do apresentador Amadeu Campos. Nos 10 minutos finais, a candidato respondeu questionamentos enviados por telespectadores. A sabatina teve duração de 30 minutos.
Durante a entrevista, Dias ressaltou que montou chapa com nomes fortes e que já fazem parte de sua trajetória política, como Ciro Nogueira, Regina Sousa e Marcelo Castro. O governador também falou sobre geração de empregos na crise, da melhora na qualidade de vida no Piauí durante sua gestão e da valorização dos profissionais da rede estadual: "Eu tenho orgulho de dizer que fui o primeiro governador a apresentar uma tabela de salários".
Assista:
Governador falou sobre a conclusão de obras importantes para o Piauí, como duplicação das BR's 343 e 316 e Centro de Convenções de Teresina. De acordo com ele, a obra do Centro de Convenções será entregue ainda este ano; o atraso, segundo ele, foi ocasionado pela oposição. Além disso, destacou priorização da Educação, com ensino superior em quase todos os municípios, além da diminuição da evasão escolar.
Amadeu Campos: Candidato, o senhor se considera preparado e quer governar o Piauí novamente?
“Primeiro dizer que é um prazer estar aqui. Eu tenho uma experiência, reconheço que outros candidatos também merecem apresentar os seus nomes e humildemente o que coloco, é essa experiência de projeto que lá atrás, em 2002, a carta que eu já apresentava com objetivo para o Piauí, o que na verdade é algo importante para mim como piauiense, que moro aqui, para contribuir que aquele Estado que entrou no século XXI como mais atrasado do Brasil, ou seja, o Piauí era sempre visto como mais pobre e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mostra isso, IDH 04 ali em 2002, significa muito baixo, muito pobre: pessoas passando fome, sem energia, sem água. Essa era a realidade do Piauí, economia frágil. E de lá para cá nós elevamos, em 2006, eu era governador, e levamos ao IDH 05, ou seja, elevamos de muito baixo para baixo, porque houve melhoras; em 2010, também governador, comemoramos IDH de 06, que é médio; e agora estamos prestes a comemorar o IDH 07, que significa alto, ou seja, houve uma mudança que poucos lugares do mundo tiveram, ou seja, eu me sinto entusiasmado, com muita energia para me dedicar a essa a vontade de Deus, do meu povo e poder governar o Piauí, e contribuir.
"É como eu sempre digo, eu quero morar com os meus filhos, com os meus netos em lugar desenvolvido e não quero sair do Piauí, então um time com o senador Ciro Nogueira na nossa chapa, ex-presidente Lula, Marcelo Castro, também candidato a senador, e a Regina Sousa como vice. Um time muito grande para deputado federal, estadual com homens e mulheres com uma história muito presente e colocar toda a nossa história, experiência, disposição com vontade de articular esse projeto e levar ao Piauí ao desenvolvimento”, afirmou.
“Eu quero morar em lugar desenvolvido e sem sair do Piauí, assim como você, se Deus quiser”, reforçou.
Samantha Cavalca: Governador, os bastidores apontaram aqui no Jogo do Poder, então se há dissidência ou não na sua base? Como está a base do governador?
“Nós temos um time que não foi improvisado de última hora. Nós já estamos juntos desde o começo do meu mandato ali em 2015, então já trabalhamos juntos. Tinha gente trabalhando em Brasília, você acompanhava minha luta lá, para vir dinheiro, recursos para o Piauí, entrando com ações, enfim, estou falando de cerca de R$ 600 milhões de financiamentos para infraestrutura, mobilidade, várias áreas. Uma coisa é fiscalizar, eu entendo que é um papel da oposição fiscalizar, mas nesse caso era isso e do outro lado esse nosso time, bancada federal, bancada estadual, um time junto de líderes e também lá do Senado, trabalhando pata gerar mais emprego para o Piauí. Então é esse time que se oferece. Ao contrário do que se diz, eu já participei de várias eleições, é uma unidade que me entusiasma muito, porque não somos estranhos que nos juntamos agora nas vésperas das eleições; nós temos uma relação juntos e um compromisso com o Piauí.Eu estou muito satisfeito em trabalhar com esse time”, garantiu.
Ananias Ribeiro: Governador, o senhor falou em dar as condições para que o piauiense permaneça no Estado, falou também em geração de emprego. Diante da crise nacional e da queda no número de empregos que atingiu todos os estados, impressão que se tem é de que para conseguir um emprego é preciso que o país inteiro melhore, que o pais supere, uma conjuntura nacional. O senhor traz condições para gerar empregos no Piauí? Como governador reeleito, como o senhor fará para garantir emprego aos piauienses?
“Olha…Se você pergunta hoje, realmente emprego e segurança são os dois pontos principais. Graças a Deus a gente tem significativas melhorias na Educação, na qualidade de educação, basta ver gente da rede pública chegando para Direito, Medicina, enfim, na Saúde ali a centralização. Ainda tem problema? Tem, mas em relação do que era antes uma significativa melhora. O grande desafio na situação do Brasil é esse: como fazer para o Piauí não ir na direção do que foi o Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul? 19 estados que primeiro atrasaram salário. Eu tenho orgulho de dizer que fui o primeiro governador a apresentar uma tabela de salário e muita gente dizia que não iria aguentar, e isso no primeiro mandato. E aquela tabela eu encontrei agora no dia 01 de janeiro de 2015, atrasada. Nós atualizamos e os servidores que estão na folha de pagamento do estado tiveram os salários em dias. Isso deu um confronto ao comércio, aos fornecedores, as industrias, enfim, movimentou a economia", comentou.
Governador relembrou investimentos para impulsionar a produção de mel e de grãos que em sua gestão, segundo ele, "saiu de 100 mil toneladas de grãos para 400 milhões, 40 vezes mais".
"O Estado movimenta cerca de R$ 4,5 bilhões por ano, todos os poderes nas mais diferentes áreas. Mas veja…Nós temos vários problemas que um deles é o da Previdência, um problema que chega a mais de R$ 1,2 bi, qual foi a minha preocupação? Não deixar o Piauí cair. Então eu posso me orgulhar em dizer: moro em um estado que, mesmo em meio a toda essa dificuldade do Brasil, permaneceu de pé, é um estado que de um lado viajei em busca de investimentos em outros países, aqui dentro do Brasil, para a gente fortalecer aquilo que o Piauí tem de grande potencial. Antes era só o potencial, isso lá atrás. A fronteira em relação ao mel, a cadeia produtiva do mel que gera muito emprego, hoje é uma realidade, a piscicultura hoje é uma realidade e a produção irrigada; a produção de grãos começou lá no governo Freitas Neto, mas nós fortalecemos, a gente saiu de 100 mil toneladas de grãos para 400 milhões, 40 vezes que estou falando; energia eólica, energia solar, sendo que a nossa referência era a Hidrelétrica de Boa Esperança com 240 megas, agora são 2mil mega, 10 vezes mais aproximadamente; fronteiras relacionadas ao Turismo, hoje eu acho que Parnaíba, Barra Grande, Luís Correia, São Raimundo Nonato são uma realidade. Eu estive em Floriano com o prefeito Joel, Marcelo e Ciro visitando a perfuração para gás e petróleo, vai ser uma nova fronteira", declarou.
Wellington afirma que apesar da crise, o Piauí continua com saldo positivo de empregos. "O que que aconteceu? O Piauí é um dos poucos estados brasileiros que continua com saldo positivo de emprego, você tem três ou quatro que continuam com saldo positivo. A gente perdeu muitos empregos na construção civil, mas ganhou em outras áreas. Qual é o problema? É aquecer a construção civil, por isso muitas obras estamos buscando fazer. O Piauí é o único dos 27 que quando você pega o PIB de 2014 e chega em 2017, vai acontecer em 2018 também, positivo. Então essa meta nós vamos ter que trabalhar. Eu espero, com o Lula presidente, e aí a gente já sabe que o caminho dele é priorizar o crescimento, a economia", disse.
Arimatéa Carvalho: Gostaria de saber do governador sobre obras importantes como Rodoanel, Centro de Convenções de Teresina, duplicação de BR’s da Capital com entradas e saídas e participação do DER, especificamente na saída Sul da BR-316, por que essas obras não foram concluídas?
“Nós temos situações que dependem do Estado; outras dependem das empresas. Essas obras nós temos os recursos, você pode ver que foi concluído o Viaduto da Miguel Rosa, então é ou não é uma realidade? A Ponte do meio, é ou não é uma realidade? O alargamento da Ponte Wall Ferraz, calçamento da av. Piauí? Obras que, enfim, há obras, como é o caso do Rodoanel, que a empresa quebrou, então fazer o quê? Mas foi retomada e eu espero concluir agora nos próximos dias, acho que em setembro, não vou poder participar, mas será entregue. As [obras] das BR’s, para se ter uma ideia, é parte dessas que ah ‘não pode mais liberar os recursos’, nós estamos trabalhando com o BNDS, porque temos o dinheiro para poder fazer a conclusão. Estamos trabalhando ali nas obras e vamos concluir todas, então isso mostra que temos obras paralisadas, com o dinheiro na conta. O Centro de Convenções está lá retomado, infelizmente, houve uma demora por conta de uma judicialização dos recursos, porque a oposição como todo mundo viu aqui, mas foi liberado e a obra retomou, e quero concluir entregar ainda esse ano. Mais do que ninguém, assim como entregamos aeroporto de São Raimundo Nonato, assim como entregamos várias outras obras importantes encantadas, eu eu tenho toda satisfação de concluir o Centro de Convenções e gerar emprego, que é o principal”, disse.
Amadeu Campos: Governador, a oposição tem discurso de que o Estado está quebrado, então isso é fato, fake news?
“O que eu vejo na verdade é mais que uma torcida, infelizmente, é um trabalho como se quisessem que o Estado atrasasse os salários, que não tivesse dinheiro. Eu já fui da oposição, mas não consigo entreter como alguém ganha dinheiro nas eleições com voto do povo e para trabalhar contra o interesse maior do povo do Piauí. Eu já atuei, o Freitas Neto era governador, o Mão Santa governador e outros também eram, mas na hora dos investimentos temos que estar juntos, assim como fazem em outros estados. Estado que, a duras penas, tem dificuldades,sim, tem dificuldade por conta da queda da economia, como foi dito aqui. Agora, nossa prioridade é primeiro eu separo lá o dinheiro da folha de pagamento; agora vamos trabalhar os serviços, funcionar a Saúde, funcionar Segurança, funcionar Educação, área social, ou seja, garantir essas condições e, no Piauí, além disso, você poder trabalhar obras. Você pensa que é fácil?", exemplificou.
"Nós já entregamos cerca de 600 km de asfaltamento, calçamento urbano. Eu estou falando daqui para Fortaleza em asfaltamento para das cidades. Vá lá em Piracuruca, você vai negar a resistência de obras de asfalto? Ou em Oeiras agora, Inhuma e em vários municípios, praticamente todos. Vai negar a rodovia de Redenção do Gurguéia, de Gilbués, Monte Alegre em direção a Santa Filomena? É uma realidade. Nós queremos agora é a ponte. Você vai negar a ponte entre Picos e Sussuapara? Ou daqui de Teresina, passando por Cocal em direção ao Brejinho, em direção a Barra Grande? Ou seja, isso é uma realidade. Hospitais, UTI`s, assim como a gente trabalhou para mais de 6o leitos de UTI", destacou.
Dias falou ainda do esforço para levar ensino superior para todos os municípios do Piauí. "Então enquanto o Brasil está cortando, nós estamos ampliando o investimento em 229 escolas do Estado, mais escolas de tempo integral, receber mais alunos, eram 200 mil e agora 300 mil alunos. Colocar Universidade onde não tinha, 182 municípios já contam com educação superior, ou seja, enquanto o Brasil caiu, repito:o Piauí ficou de pé e assim vai ficar. Nós estamos mais preparados para que possamos seguir com desenvolvimento e com melhoria na qualidade de vida”, garantiu.