O presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Sílvio Mendes. afirmou, nesta quinta-feira (14), que nenhuma UTI pediátrica será fechada em Teresina. Usuárias da Maternidade Wall Ferraz, na zona sudeste da capital, realizaram um protesto contra a migração das UTI's da unidade para a Maternidade Dona Evangelina Rosa, do Governo do Estado.
De acordo com Silvio Mendes o Município e Estado estão trabalhando para reorganizar e ampliar a oferta de leitos de UTIs neonatais em Teresina. O secretário esteve reunido ele manhã de hoje (13) com o secretário de Saúde do estado, Florentino Neto, os conselhos de saúde, que representam a população e diretores das maternidades públicas.
Os serviços oferecidos nas UTIs neonatais de Teresina tem sido motivo de estudos e debates entre a FMS e Secretaria Estadual de Saúde (SESAPI), que elaboraram um plano de reorganização dos serviços na capital. De acordo com o plano, as maternidades municipais serão retaguardas da Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER), que será a responsável por toda a alta complexidade materno-infantil em Teresina. A nova proposta prevê que a MDER passe de 30 para 40 leitos de UTI Neonatal (UTIN) até 2018, enquanto as maternidades municipais ficariam com as UTIs de média complexidade, ou seja, as unidades de cuidados intermediários (UCINco).
Segundo Sílvio Mendes, a concentração dos leitos na MDER seria por causa do suporte que a maternidade tem, por ser classificada como referência para alta complexidade. Ela concentra profissionais como neurocirurgião, neuropediatra, cirurgião infantil e outros profissionais. A FMS por sua vez vai investir para ampliar o número de leitos de 21 pra 49 leitos UCINco, assim como otimizar o serviço.
“Atualmente, uma equipe médica pode cuidar até 15 crianças com patologias menos graves. Numa UTIN ela pode cuidar de até 10 pacientes, mas pela restrição física que existe hoje ela só cuida de dois ou três pacientes, um custo muito elevado”, explicou o presidente. “É preciso otimizar o atendimento e ampliar o serviço pra quem precisa e não tem direito hoje”, completou.
Na reunião de hoje, a proposta foi submetida ao controle social, que é formado pelo Consellho Municipal de Saúde, Conselho Estadual de Saúde e pelo Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Piauí (COSEMS).
“Diante das informações desencontradas que estão sendo propagadas, viemos dar aos conselhos o conhecimento detalhado da proposta para análise”, afirmou o presidente da FMS. “A partir deste momento, se todos concordarem com essa solução, que é viável e é possível ,nós vamos executar”, finalizou.