Taxas cobradas em condomínio do Minha Casa, Minha Vida gera revolta

Taxas cobradas em condomínio do Minha Casa, Minha Vida gera revolta

Os moradores do Residencial Bosque Sul, na zona sul de Teresina, construído através do programa Minha Casa, Minha Vida, reclamam de taxas que julgam abusivas cobradas por uma empresa administradora de condomínios que irá atuar no empreendimento. De acordo com os moradores, a empresa cobra R$ 176 de cada um dos condôminos, dinheiro que deve ser usado na manutenção do residencial. 

Os condôminos reclamam que o residencial é voltado para famílias de baixa renda, que em muitos casos vivem apenas com o benefício do Bolsa Família, mensalmente. De acordo com os moradores, as taxas cobradas pela empresa correspondem ao dobro da taxa cobrada pelo financiamento dos apartamentos. 

"Eu não estou trabalhando no momento, só o meu marido que vive de bicos, e essa é uma taxa muito alta. Eu fiquei triste por eles me ameaçaram, disseram que se a gente não tiver condição de pagar vamos sair daqui”, afirmou uma das moradoras. "A maioria dos meus vizinhos são carentes, não têm como arcar com essas despesas e aqui tem gente que vive de salário mínimo e de bolsa família”, reclamou outra condômina. 

De acordo com a Caixa Econômica Federal, a empresa realiza a gestão do condomínio realizando a manutenção do empreendimento, como a contratação de porteiros e seguro para o condomínio. Segundo a Caixa, a cobrança da taxa foi acertada em assembleia com os moradores do Bosque Sul.  

"A Caixa Econômica esclareceu que a empresa AJR é quem realiza a gestão do condomínio, bem como dá o suporte administrativo e contábil. O serviço, sob a responsabilidade dessa construtora, é que compõe essa taxa de gestão condominial, a qual deve contemplar valores que permitam a manutenção do condomínio”, destacou em nota.   

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