Por volta da meia-noite do último sábado, 26, uma tentativa de homicídio aconteceu contra a travesti Isabelly Furakão, que foi socorrida por outra travesti conhecida como Paolla Araújo, no bairro Porto Alegre, zona sul de Teresina. Foram disparados vários tiros, segundo ela, "em uma atitude homofóbica."
Os relatos apontam que dois homens passaram em uma moto e simplesmente dispararam vários tiros de revólver contra Isabelly. “A gente estava à meia-noite no Porto Alegre o cara passou, olhou e deu quatro tiros em minha direção. Minha amiga Paola me ajudou”, conta a vítima ao questionar “cadê os direitos humanos?”
Numa tentativa de salvar a amiga, Paolla, conta que nenhuma providência foi tomada, ela como aconteceu: “Eu estava na esquina e presenciei tudo, eu não conheci o indivíduo. Sei apenas que eram duas pessoas, denunciamos mas não houve nenhuma providência. A polícia não fez nada e só mandaram a gente ir para casa. Algumas pessoas viram, mas não deu para anotar a placa da moto.”
De acordo com a presidente da Associação dos Travestis e transexuais, conhecida como Monique, o problema vem se agravando com o passar dos tempos, e o medo toma conta dos homossexuais que dependem da noite como forma de sobrevivência.
“Essa violência contra travestis já não é de hoje. Tem que ser denunciado, os Órgãos de Defesa dos Direitos Humanos tem que fazer alguma coisa. Nós vivemos num país democrático! A gente tem medo de sair com receio de ser violentada, ou até mesmo morta.”, conta Monique ao afirmar que a prostituição é a profissão mais antiga do mundo. “No nosso país muita gente ainda é desempregada e precisa usar a prostituição para sobreviver, somos excluídas do mercado de trabalho e esses pontos aumentam consideravelmente”, explica Monique sobre o aumento dos pontos de prostituição em Teresina.
Clique aqui e curta a página do meionorte.com no Facebook