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Após os médicos dos Hospital Universitário da UFPI anunciarem nova paralisação para esta semana, o diretor da instituição, José Miguel rebateu as críticas e disse que já houve negociação nacional, mas a categoria de Teresina não aceitou.

"Temos capacidade para 100 leitos e 5 mil consultas por mês. A fila de remarcação está enorme pela segunda vez neste mês porque os médicos não querem atender. A população está sofrendo muito com isso", declarou o gestor.

Segundo José Miguel, as negociações foram feitas no dia 18, em Brasília, e resultaram em acordo com dissídio coletivo. "Foi garantido o aumento de 6,15% retroativo a março e também a progressão horizontal de todos os servidores. Em todos os HUs o problema foi resolvido, só aqui não aceitam", explicou o diretor.

A paralisação da outra vez foi de 9 a 11 de junho. Desta vez, por toda essa semana as consultas e exames eletivos foram cancelados. Ficará funcionando apenas a UTI e os atendimentos de urgência e emergência.

O médico George Almeida, da comissão de greve, destaca que a categoria não recebeu nenhuma resposta formal da empresa que administra o HU, a Ebserth. Eles reivindicam a implantação da carreira médica e aumento salarial de pelo menos 10%.

"Estamos fazendo uma paralisação progressiva porque ainda não tivemos resposta. Encaminhamos a situação ao Ministério do Trabalho, para ser decidido através de dissídio coletivo. Caso não tenhamos negociação, vamos grevar por tempo indeterminado", finaliza.

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