Nesta quarta-feira (26), o governador Wellington Dias (PT) participou do programa Agora falando sobre assuntos inerentes à administração do Piauí, bem como sobre a situação financeira do país. Inicialmente, o governador elencou as prioridades de sua gestão nas áreas da Educação, Saúde e Segurança.
"Na Educação, primeiro a gente prossegue modernizando as estruturas e finalizando obras. Na Saúde, o grande desafio é adequar as unidades de saúde, principalmente, na gestão, fazendo investimentos em equipamentos e melhores condições de trabalho para os profissionais”, afirmou Wellington Dias.
Wellington Dias classificou a Segurança como o maior dos problemas e destacou que o problema não pode ser combatido isoladamente. Para o governador, a solução desse problema passa por uma integração das policiais e por um sistema de comunicação unificado.
"A Segurança é o maior problema, o crime se organizou nacionalmente e não dar para trabalhar isso isoladamente, o que eu defendo hoje e termos um sistema nacional de segurança”, afirmou.
Como solução para a superlotação do sistema prisional, o governador defendeu que sejam realizados mutirões de julgamentos dos detentos que cometeram os crimes mais graves e que se aplique penas alternativas para os que cometem crimes de menor monta.
"Cerca de 60% dos presos do Piauí estão sem julgamento. Desses, a metade cometeu crimes menores, então, porque não coloca-los em instituições como na Fazenda da Paz, sob determinação judicial, para que eles possam se recuperar produzindo”, questionou o petista.
Dificuldades Financeiras
Wellington Dias ainda falou sobre a crise financeira que o Brasil e os estados têm enfrentado nos últimos meses e apontou soluções para o problema.
"São quase 12 milhões de desempregados, isso parece um número invisível, mas, não é, ele esta batendo em nossa porta. O Piauí não é uma ilha dentro do Brasil, e nós também sofremos as conseqüências dessa crise, por isso mesmo tenho dedicado parte do meu tempo para tentar resolver o problema do Brasil”, afirmou.
Para o o governador, a solução para o enfrentamento da crise passa por uma alavancagem do setor público, atraindo investimentos. Ele ressaltou que, pensando nisso, está ampliando as parcerias público-privadas e o monitoramento de investimentos privados que queiram se instalar no Estado.
Repatriação de Recursos
De acordo com o governador, com a entrada de recursos oriundos da repatriação, o Piauí poderá retomar os investimentos em infraestrutra, perdidos em 2016. Wellington Dias explicou que a União ficará com 52% dos recursos e o restante será distribuído entre os estados e municípios. De acordo com Dias, até ontem (25), 38 bilhões de dólares já haviam entrado no Brasil pela repatriação.
"Isso vai ser uma coisa boa para o Piauí, pois nós vamos ter de R$ 200 a R$ 400 milhões para voltar a tocar os investimentos que o estado perdeu. Isso é muito importante porque, do dinheiro que a gente tinha separado para investimentos em 2017 eu tive que tirar R$ 270 milhoes para fechar o ano”, afirmou Wellington Dias.
Especulações Políticas
Wellington Dias falou ainda sobre a situação política no Piauí e comentou sobre as especulações a respeito da ida do PMDB para a sua base aliada no estado.
"Nós temos 12 partidos que dão sustentação ao nosso governo e eu quero todos eles atuando. A resposta é sim eu quero o PMDB, quero PP, o PSD, o PDT, o PC do B, além dos partidos que já estiveram comigo na última eleição. Nesse instante a ideia e ter um compromisso para aturamos juntos na governança e na política, essa é a lógica da política. E claro, todo o trabalho que fizermos que seja para fortalecer não apenas o meu partido como todos os outros”, afirmou.
Por último, o governador destacou que, apesar da crise, está otimista quanto a saída do Brasil desta situação de instabilidade.
"É um momento de muito desafio, para as famílias, para os servidores e investidores, mas, quero dizer que sou otimista, o Brasil tem um potencial gigante e o Piauí também”, finalizou.