O jovem identificado apenas como Wanderson, acusado de matar a tiros o estudante de medicina Antônio Rayron Holanda, de 22 anos, foi colocado em liberdade após três anos apreendido no Centro Educacional Masculino (CEM). Em fevereiro de 2019, a juíza da 2ª Vara da Infância e da Juventude de Teresina condenou o adolescente a pena máxima (por três anos), como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Na época, ao ser apreendido, Wanderson tinha 15 anos. Por ter completado a maior idade e o tempo máximo de três anos para ficar internado, foi colocado em liberdade.
O crime ocorreu no dia 25 de novembro de 2018 no momento em que a vítima estava em uma estação de ônibus na Avenida Miguel Rosa após ter acabado de sair do estágio no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
Segundo informações extraoficiais, o acusado foi um dos líderes na última rebelião registrada no CEM. Assim que foi preso, em 2018, o adolescente confessou de forma fria que não se arrependeu de tirar a vida do estudante.
“Eu perguntei para ele se ele estava arrependido do crime, um crime bárbaro que chocou toda a sociedade e ele disse friamente que não estava arrependido. Inclusive durante a sua prisão nós fomos até a casa de sua avó onde estava escondida a arma e nós fizemos o percurso por onde ele passou quando ele cometeu o crime, e aí tinha uma pessoa com um celular na mão e ele até falou: ‘Olha aí essa pessoa aí, fica desse jeito, com o celular na mão, distraído, por isso que a gente rouba’, para você ver a periculosidade e a frieza de um indivíduo que embora tenha matado mais uma pessoa ele ainda fica tirando brincadeira”, finalizou o delegado Emerson Almeida.
Segundo informações da polícia, quando o adolescente tinha 14 anos ele foi apreendido três vezes, duas por ter praticado roubos e uma por ter agredido fisicamente a própria mãe. O menor confessou que aos 11 anos de idade esfaqueou o próprio tio após uma discussão, ele ainda assumiu a autoria de dois assassinatos que ocorreram na zona sul de Teresina. Um dos crimes aconteceu no dia 20 de outubro de 2018, no residencial Torquato Neto, o jovem Ronaldo Ribeiro dos Santos foi assassinado com três tiros na frente da própria irmã. O outro homicídio ocorreu no dia 10 de novembro de 2018 na Vila da Glória, região do bairro Porto Alegre, a vítima conhecida como ‘Nonatinho’ foi morta com diversos disparos.