De acordo com a legislação, nos cinco dias antes e dois dias depois do segundo turno do período eleitoral não pode acontecer nenhuma prisão ou operação policial. Segundo informa o delegado geral da polícia civil, James Guerra, ao Bom Dia Meio Norte esse procedimento atrapalha o trabalho da polícia.
“Nós não pudemos cumprir nenhum mandato de prisão nesses dias. E se você juntar o primeiro e o segundo turno são quase quinze dias que a polícia não pode realizar nenhuma operação e isso impede a atuação de cumprimento do mandado de prisão. Nós lamentamos isso porque quando foi imaginada a lei eleitoral nós tínhamos uma outra atuação no Brasil, mas agora ficamos com esses resquícios da época da elaboração dessa lei e prejudica em muito o nosso trabalho já que temos praticamente o mês de outubro perdido”, falou.
Ainda de acordo com o delegado, todos os elementos que são procurados pela polícia podem se apresentar na delegacia e sair pela porta da frente. “Nós estamos falando de qualquer crime, estupro, pedofilia, tráfico, homicídio, qualquer um desses pode chegar na delegacia e fazer isso. Tem casos de dois, três anos de investigação e vai ser perdido. Eles já estão sabendo dessa informação, sabem que são procurados pela polícia, se apresentam nas delegacias, prestam depoimentos, sai da delegacia e a polícia nada pode fazer. Depois eles entram com ação judicial informando que estão contribuindo para a legislação e tudo fica certo”, declarou.
James Guerra ainda afirmou que tudo isso ocorre porque a polícia tem que ter uma obediência a legislação eleitoral e todos eles possam votar livremente no domingo (26). “É um arcaismo muito grande”, destacou.
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