Na manhã desta quarta-feira (16/05), o repórter Kilson Dione, esteve na residência onde está sendo realizado o velório de Aretha Dantas Claro, de 32 anos, que foi encontrada morta com perfurações de faca e marcas de atropelamento na Avenida Maranhão na madrugada de terça-feira.
Segundo a família, ninguém sabia que a jovem vinha sofrendo agressões do ex-companheiro, a única pessoa que relatou tudo que Aretha sofria foi o atual companheiro, com o qual a vítima sempre desabafava. “Os familiares não sabiam que ela sofria agressões e espancamentos no apartamento onde morou com o ex-namorado durante um ano. Como estava sofrendo muito ela terminou o namoro, começou a se relacionar com outro rapaz e contou para ele tudo que tinha passado. Daí então ele resolveu avisar a família”, relatou Kilson após conversas com o pai da jovem.
Ainda de acordo com os familiares, tanto Aretha quanto o seu atual namorado estariam sofrendo ameaças por parte do ex. No dia anterior de sua morte, ela saiu para fazer um lanche, mas a família suspeita que ela teria recebido uma ligação para sair naquele horário - por volta de 21h/22h - onde não voltou mais.
O irmão de Aretha relatou ainda a reportagem que a última visualização do WhatsApp da jovem foi 02h05 da madrugada e a do ex-companheiro que é apontado como principal suspeito do crime foi 03h15, depois disso, não entrou mais no aplicativo de conversas.
Segundo Aldir, pai de Aretha, o último contato que teve com a filha foi no domingo, quando ela esteve na sua residência para pegar uns objetos para levar para seu apartamento, que estava montando com o objetivo de mudar de vida. A família afirmou ainda que a jovem tinha montado recentemente um salão de beleza, mas acabou com o empreendimento por medo do ex-namorado, já que vinha sofrendo ameaças.
O atual namorado de Aretha prestou depoimento ontem na Delegacia de Homicídios e confirmou para o delegado Baretta, que vinha sofrendo ameaças do suspeito.
De acordo com o irmão da jovem, a família já tem informações concretas de que o ex-namorado está com uma passagem marcada para o dia 20 deste mês para embarcar de Fortaleza para Portugal. A polícia está investigando para saber se ele se encontra em Teresina ou se já teria ido para Fortaleza.
Ainda em conversa com o repórter, o pai de Aretha, seu Aldir Claro, informou que no último revéillon, ele e o irmão da jovem foram para a casa do ex-namorado onde estaria sendo realizado uma confraternização. Lá, Aldir esqueceu um óculos e uma camisa. Por conta disso, o ex-companheiro da vítima teve uma crise de ciúmes e queimou os pertences do então sogro.
“Era uma pessoa excelente, trabalhadora, uma jovem muito bonita cheia de sonhos, pessoa que sempre estava correndo atrás de crescimento, crescemos juntos na rua brincando desde criança. Nós estamos muito abalados, como se tivesse caído uma bomba”, afirmou Denis, um amigo de infância de Aretha que esteve presente no velório.
Especialistas acreditam que ela não teria sido morta naquele local, que a pessoa simulou um atropelamento. A Delegacia de Homicídios coordenada pelo delegado Francisco Costa, o Baretta, informou que nas próximas horas o autor do crime será identificado.