O caso do assassinato da travesti Makelly Castro morta em julho do ano passado, ganhou mais um episódio nesta quinta-feira (09/09). Os dois filhos do acusado pelo crime, o professor Luis Augusto Antunes foram retirados do convívio da mãe. Um mandado de busca e apreensão foi expedido para a residência onde viviam as crianças, um menino de seis anos e uma menina de cinco.
Acompanhada de seu advogado, a mãe esteve na tarde desta quinta-feira (09) no primeiro Conselho Tutelar de Teresina. “A diretora da escola teve que acompanhar porque eles não conhecem, umas pessoas estranhas foram buscar eles no carro, eles não gostaram de sair da escola assim. Eles ficaram perguntando onde é que eu estava, porque eu não fui buscar eles, nós estamos poupar eles de tudo que está acontecendo”, disse ela.
O professor Luis Augusto foi preso no dia 29 de agosto sob a acusação de cometer o assassinato de Makelly. O advogado do acusado, Ednaldo Cerqueira, considera que houve abuso de poder e de autoridade no caso da retirada. “O delegado Higgo requisitou uma busca e apreensão na residência do professor Luis, essa busca e apreensão foi concedida sem o consentimento dos advogados que tivessem presentes, foi feita de forma arbitrária e no meio dessa busca eles chamaram o Conselho Tutelar e foi feita a retirada das crianças de dentro de uma sala de aula”, declarou.
Para dar continuidade a investigação, o delegado fez um pedido de busca e apreensão na casa do professor e no local foi encontrado um kimono, livros que falam sobre sexo e crime, uma grande quantidade de brinquedos sexuais e celulares com vários vídeos de pornografia, inclusive em um desses vídeos o professor aparece filmando uma mulher e um homem praticando relações sexuais.
De acordo com a polícia, a primeira travesti que tinha sofrido uma tentativa de homicídio declarou a policia que no fim do sexo, o homem deu um golpe de jiu jitsu e quase o matou, o que leva a ter certeza que foi Luis Augusto por conta do kimono encontrado na casa.
“O inquérito está muito bem instruído, como manda o nosso código de processo penal, fizemos uma busca e apreensão devidamente autorizada. É uma promiscuidade que não tem tamanho, esse professor que defendia os direitos não passa de um criminoso com uma dupla identidade. O delegado Higgo angariou todas as informações para a nossa investigação. Eu posso dizer que todas as provas são convincentes, elas não deixam nenhuma dúvida, inclusive quando se fala em exumação de cadáver eu posso garantir que os profissionais do Instituto de Criminalística trabalharam muito bem e podem dar a resposta que a sociedade está pedindo”, destacou o delegado Francisco Costa, o Bareta.
O delegado revelou ainda de quem é o carro utilizado no dia do crime. “O carro utilizado por ele no dia do crime que a Makelly foi morta é da mãe do advogado, inclusive já tomamos o depoimento dela, o carro foi emprestado para esse indivíduo para realizar esse ato”, disse.
Sobre a guarda das crianças, o delegado Higgo realizou os procedimentos. "Diante daquela cena, daquela promiscuidade você não poderia ter ali duas crianças convivendo com aquilo. Que monstro seria criado para o futuro? Então provavelmente eles serão enviados para a avó", declarou o Baretta.
“A resposta a esse tipo de crime a gente mostra é com trabalho e cada vez que tentarem qualificar o trabalho da polícia civil nós vamos dar o resultado”, concluiu Baretta.