Descoberto golpe em venda de abadás para o carnaval de Salvador

Descoberto golpe em venda de abadás para o carnaval de Salvador

"Golpistas estão se aproveitando da famosa festa na capital baiana para tirar dinheiro de foliões, pela internet."

A maior festa de rua do planeta atrai turistas de todo o mundo. O carnaval de Salvador é objeto de desejo de milhares de pessoas. Algumas chegam a pagar até mil reais por um dia de folia atrás do trio elétrico.

No site www.abadasa.com.br, fotos das estrelas da música baiana, notícias e a programação da festa chamam a atenção. Abadás e ingressos de camarotes são vendidos a preços mais em conta, que nos sites oficiais da festa. Um atrativo para o folião, que encontra na página um telefone de contato, em Salvador, para tirar dúvidas.

Foi através desse número que um turista carioca descobriu o nome e o CNPJ da empresa que seria responsável pelo site. Era a Promoeventos, que tem sede em Salvador.

O turista fez uma pesquisa na internet e descobriu ainda o telefone e o endereço da empresa. Ele ligou, conversou com o empresário e juntos os dois perceberam que estavam sendo vítimas de um golpe.

O empresário que aluga equipamentos de áudio e vídeo para eventos nunca vendeu abadás. Segundo ele, os dados da empresa estavam sendo fornecidos aos foliões para dar credibilidade à suposta venda.

?Eles falam para o cliente, dando o endereço todo da nossa empresa, com o CNPJ, tudo direitinho?, revela Gileno Carvalho, empresário.

Quem compra pelo site, faz um depósito em contas correntes de pessoas físicas e recebe, via e-mail, um comprovante como este, que foi enviado a uma turista de Florianópolis, em Santa Catarina.que pagou R$ 720 por dois dias da festa.

Em Salvador, a polícia descobriu que o site foi registrado no Rio de Janeiro em nome de uma pessoa que mora em Vitória, no Espírito Santo. E mais: o site está hospedado em provedor que tem sede nos Estados Unidos e deve continuar funcionando.

O site continua ativo, e a polícia disse que não pode fazer nada a respeito. ?Nós teremos que, no caso, representar judicialmente inclusive, para que tirem esta página do ar pra que isso vá através de uma carta rogatória, isso leva tempo, e o carnaval já está... amanhã acontecendo?, declara Omar Leal, delegado.

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