Nesta terça-feira (06/01), o jornalista Pedro Borges, da Rede Meio Norte, foi agredido, com uma 'voadora', durante gravação e passagem de reportagem sobre o tiroteio, que matou um homem e feriu uma criança de dois anos e sua babá, na rua Campo Maior, no bairro Parque Alvorada, na zona Norte de Teresina.
O caso ganhou grande repercussão em sites nacionais e indignação por parte de muitas pessoas. O coronel Márcio, comandante de policiamento da capital conversou com a equipe de reportagem e afirmou que em breve o acusado será capturado.
“Nós estamos fazendo rondas na região do tiroteio o tempo todo, porque fomos informados que os grupos rivais estão mandando recados para a família, e a qualquer momento pode ocorrer um confronto de gangues. Lamentamos o fato ocorrido com o repórter Pedro Borges, ele não deveria ter sido agredido da maneira covarde como foi, com as imagens ficará fácil a identificação do indivíduo e com certeza ele vai ser responsabilizado para responder pelo delito que cometeu. Nós já estamos em diligências e no momento que o localizarmos vamos prendê-lo”, declarou o comandante.
Sobre o estado de saúde dos outros dois feridos no tiroteio, o comandante afirmou. “Nós passamos pelo HUT ainda ontem às 14h30. A mulher não morreu como estão dizendo, ela está internada em estado grave, pegou um tiro no tórax, mas tanto ela quanto a criança estão estabilizados, com sua mobilidade motora normal, conscientes, realizando todos os exames para verificar a possibilidade de procedimentos cirúrgicos”, finalizou.
O Presidente do Sindicato dos Jornalistas do Piauí, José Olímpio, também se manifestou sobre o ocorrido. “Toda e qualquer violência contra os profissionais da mídia é um atentado a liberdade de imprensa. O sindicato sempre tem se posicionado claramente contra esse tipo de prática, mas nós temos a convicção de que essa violência contra os profissionais da comunicação é alimentada pela impunidade. A solução disso tudo está nas mãos dos governos. Os sindicatos há anos vem lutando para que o governo adote medidas que reduza a violência contra os jornalistas.
Sugerimos ao ministro da justiça para que firmasse um protocolo de atuação das forças públicas baseado no princípio da não agressão para impedir que jornalistas fossem agredidos tanto por populares como também por policiais e também com a orientação de que a policia não apreenda os equipamentos de trabalho dos profissionais da comunicação. Com relação ao governo federal nós temos lutado para que os crimes contra jornalistas sejam investigados, apurados na forma da lei”, declarou ele.
O presidente afirmou ainda que os profissionais devem receber os aparatos necessários para o seu trabalho. “Nós temos também uma proposta que foi dita ao ministro da justiça para que firme um protocolo de segurança nacional com as empresas no sentido de que as empresa forneçam aos profissionais treinamentos e equipamentos de segurança em coberturas de risco. O Brasil tem uma cultura de não punir os agressores a jornalistas e isso não pode continuar acontecendo. Em plena democracia é inadmissível que essa prática continue”, finalizou.
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