A advogada Priscila Karine, mãe de uma das vítimas do estudante de medicina Marcos Vitor Aguiar Dantas Pereira, de 22 anos, suspeito de estuprar duas irmãs e duas primas menores de idade em Teresina, concedeu entrevista nesta quarta-feira (13), ao Bom Dia Meio Norte e comentou a decisão do Tribunal de Justiça do Piauí, por meio do juiz da Central de Inquéritos de Teresina, Valdemar Ferreira Lima, que decretou a prisão preventiva do acusado.
“Isso tranquiliza um pouco mais a família, mas não é o suficiente porque ele ainda não foi preso. A gente acredita que ele já fugiu, que não deve estar mais no Brasil. A pessoa não tem a localização certa, não tem telefone, nós chegamos a contratar um perito digital para ver se localizava por e-mail, instagram, por algum meio digital que ele tivesse algum acesso, mas a gente não conseguiu porque ele não está acessando nada disso. A localização mais próxima que encontramos foi em São Paulo. Já apareceu histórias de que ele foi para os Estados Unidos, para o Paraguai, já surgiu boatos de que ele teria cometido suicídio, mas o fato é de que gente não sabe a real situação de onde ele está. Não tem uma localização certa”, declarou.
De acordo com Priscila, Marcos Vitor só vai ser preso quando algum cidadão fizer a denuncia já que as pessoas não vão aceita-lo na sociedade. “A história que a gente sabe é que ele quer continuar cursando medicina, porque ele não foi expulso, apenas trancou a faculdade. Nós tentamos por meio de photoshop fizemos alguns modelos de montagem do que ele pode ter feito na aparência, colocamos ele careca, sem barba, com outra cores de cabelo, tudo isso porque a gente não sabe como ele está atualmente”, frisou.
Ainda segundo Priscila, as vítimas estão sendo acompanhadas e fazendo tratamento com especialistas. “Já é uma situação que elas não vivem na mentira, porque ele não está mais convivendo com elas, então estão sendo muito acolhidas com apoio, carinho e respeito. Nós passamos o Dia das Crianças juntos, demos presentes, fomos comer pizza, fomos ao cinema, estamos tentando seguir a vida. Elas estão fazendo tratamento com psicólogos, com psiquiatras, e esses tratamentos são de resignificação desses traumas para que elas possam melhorar e que tenham uma vida que saibam que isso aconteceu com elas, mas que não levem a dor que esse trauma gera", pontuou.
A Polícia Civil do Piauí pede agora ajuda para a população de todo o Brasil - ou no exterior - para dar informações sobre o paradeiro do estudante de medicina. Quem tiver informações deve ligar para o número (86) 3216-5225 ou por meio deste link.