Empresário é apontado como líder de irmandade homofóbica em Teresina

Empresário é apontado como líder de irmandade homofóbica em Teresina

A Polícia do Piauí pela primeira vez admite que trabalha uma linha de investigação que aponta a autoria de crimes a um maníaco, um verdadeiro serial killer.

Segundo o delegado geral James Guerra, a polícia civil está empenhada no caso. "Nós estamos fazendo um levantamento de homicídios contra travestis e homossexuais que atuam a noite e vamos levar a fundo para saber se existe de fato um autor na prática desses crimes, para que a gente possa estar efetuando a prisão, ou se são crimes independentes, diferentes um do outro", destacou.

Os números são alarmantes, em apenas um ano 15 mortes foram registradas, a maioria com autoria desconhecida, o último caso foi da travesti Makelly que morreu asfixiada no Parque Industria, zona sul de Teresina. Em outubro do ano passado, um homem com caraterísticas físicas e um veículo idêntico também tentou matar outro travesti conhecido com Bárbara.

Apesar das mortes muitos travestis ainda continuam trabalhando na noite nas ruas de Teresina, a equipe de reportagem conseguiu conversar com dois deles que afirmam que ao entrar no veículo de um cliente, não tem certeza se sairão vivos. "Já aconteceu um caso de eu sair com um cliente e ele não queria me pagar, aí ele me bateu, e me jogou fora do carro, e a gente não pode fazer nada", relatou.

Em Teresina existe um grupo de homofóbicos assumidos, os integrantes fazem ameaças através de bilhetes e redes sociais. Eles são tão audaciosos que deixam até o número de celular, o grupo que se identifica "Irmandade Homofóbica" usa o símbolo do nazismo.

Os casos estão sendo investigados pela delegacia de direitos humanos, e o delegado Sebastião afirma que as investigações estão avançadas, inclusive já foi identificado um membro dessa comunidade que trata-se de um empresário que mora em um condomínio de luxo em Teresina. A polícia já foi até a casa dele com o mandato de prisão e acabou apreendendo o computador do acusado, mas até o momento o nome do mesmo não foi revelado.

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