Na noite desta terça-feira (31/11), os familiares da jovem Camilla Abreu se descolaram até o Instituto Médico Legal para fazer a remoção do corpo e consequentemente seu velório após ela ter sido encontrada na região do Povoado Mucuim, após o posto da Polícia Rodoviária Federal, na BR-343, na zona rural de Teresina, já em estado de decomposição.
No momento em que a família estava presente, o capitão da Polícia Militar, Alisson Watson, apontado pela Delegacia de Homicídios como autor do crime, estava na sala ao lado realizando exames periciais. Amigas de Camilla se revoltaram no local e um princípio de confusão foi registrado.
O pai de Camilla, Jean Carlos, não chegou a se encontrar com o criminoso no IML. “Como o corpo foi encontrado em estado avançado de decomposição, o velório vai ser direto no cemitério. Eu saí de casa pensando que ia chegar lá e ia ser outra pessoa, fui até o final achando que ia encontrar ela com vida, mas infelizmente foi dessa maneira”, falou ele acrescentando que se encontrasse com o assassino da filha iria dizer que ele tem muita falta de amor no coração. “Ele é um pai de família, não poderia fazer isso com o filho dos outros”, disse.
A amiga de Camilla que esteve com ela na noite do crime, identificada como Luana, foi quem correu atrás de Alisson quando ficou sabendo que ele estava no IML. “Eu não cheguei a vê-lo pessoalmente, mas vi as pessoas dizendo que ele estava chegando. Por isso eu tirei a sandália, sai correndo e gritando, queria olhar no olho dele e perguntar porque ele fez isso com ela e comigo. Eles foram me deixar em casa super bem, sem nenhum indicio de briga, mas ele é bipolar, ele muda de uma hora para outra, fiquei indignada com frieza dele, não caiu nenhuma lágrima, não esboçou nenhuma reação de saudade da mulher que ele amava, que ele dormia todo dia, não demonstrou nada. Ele falava comigo todos os dias, eu tenho todas as conversas”, falou ela emocionada.