Na noite desta terça-feira (29/05), uma mulher grávida de cinco meses identificada apenas como Cleia, foi encontrada morta com sinais de enforcamento dentro da sua residência no bairro Promorar, na zona Sul de Teresina. Seu marido, foi preso como suspeito do crime.
De acordo com o tenente Magno, da 2ª Companhia Independente do Promorar, a prisão do marido ocorreu após denúncia da mãe da vítima.
“Ele me contou que estava dormindo e a filha da vítima - que não é sua filha - de 2 anos começou a chorar, ele acordou, saiu a sua procura, quando viu que ela estava morta se desesperou, cortou a corda e saiu correndo para casa dos pais para pedir socorro. Ele me confidenciou que tinham pequenas discussões, coisa de casal, ele disse que nunca triscou nela, levamos ele para a Delegacia de Homicídios porque quando ele chegou no hospital que a mãe dele levou o mesmo para ser medicado, a mãe da vítima começou a chamá-lo de assassino, então a gente tem que investigar”, disse.
A mãe da vítima relatou que as brigas eram frequentes entre o casal. “Ela ligou para mim e disse que não aguentava mais ele, que eles discutiam demais, ele xingava ela dizendo que ia agredi-la. Ela disse ontem para mim por telefone, eu moro em Demerval Lobão e pedi para minha mãe ir lá saber o que está acontecendo com ela, ela dizia que ele estava muito agressivo, que não tem forças com ele, que ficava cansada, com falta de ar, não sei se chegava a ser todos os dias, mas ela citou situações que já viviam acontecendo. Eles estavam pouco tempo juntos, o relacionamento deles sempre foi turbulento, ele tinha muitos ciúmes dela, ela sempre teve essa liberdade de conversar comigo, eu chamei ela para passar uns dias comigo em Demerval Lobão, ela queria ir mas ele não deixava, ele não deixava nem ela ter um telefone para ligar para as pessoas, eu quero saber o que ele fez com ela”, afirmou.
O delegado Francisco Costa, o Baretta, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que o caso vai ser transferido para a delegada Luana Alves.
“A polícia trouxe o rapaz para o DHPP, ele foi encaminhado para a Central de Gêneros onde lá a autoridade policial de plantão não achou elementos suficientes para fazer a autuação, os policiais estão terminando de concluir os levantamentos, elaborando um relatório onde eu vou despachar para a delegada Luana que é a titular da delegacia de feminicídio. A primeira versão é de que ele encontrou ela morta, a informação de familiares é que eles tinham uma vida conturbada e o crime poderia ter sido praticado por ele, mas isso vai ser objeto de investigação, ela foi conduzida para a UPA do Promorar e depois para o IML, o legista vai dizer , já que o local do crime foi alterado, isso tudo vai ser levado em conta pela delegada”, disse.