A família da adolescente de 13 anos que foi estuprada pelo próprio pai no bairro Itaperu, na zona Norte de Teresina, vive momentos de terror depois que o acusado foi solto durante uma audiência de custódia na Central de Flagrantes.
De acordo com informações da ex-companheira do suspeito, após ser liberado, o acusado voltou até a residência da família. Temendo o pior, todos saíram de casa.
"Eu não esperava que ele fosse ser solto e que viesse direto para a minha casa. Agora eu tive que sair da minha casa, deixei tudo para trás com medo, ele destruiu minha família, me destruiu. Tive que sair porque em um momento desse a gente só espera o pior. Minha filha já tinha saído, estava segura, eu fiquei em casa com meu filho de 14 anos e ele apareceu. Ele estava falando para o meu sobrinho que queria as roupas dele, os documentos, mas isso só era desculpa, ele queria me fazer o mal, muitas vezes ele me ameaçou", disse a ex do acusado.
A família agora espera justiça. "Eu quero justiça, quero que ele seja preso, quero que ele pague. Quero viver em paz com minha família, ele destruiu meu lar. Ando hoje com a medida protetiva, não quero ser vítima, não quero morrer nas mãos dele", completou.
O filho mais velho da mulher e irmão da adolescente que foi abusada afirmou que teme pela vida da família. "Fiquei sabendo através do meu primo que havia ligado para mim e dito que ela tinha pedido socorro para ele, e perguntou o que deveria fazer, de imediato eu recorri a Polícia Militar. Chegando lá o fato foi que a minha irmã de 13 anos confessou que já tinha sido abusada por ele e veio todo esse alvoroço. Desde então a gente está correndo para buscar justiça pelo que ele fez, tirei ela de casa, trouxe para uma outra casa. Eu não temo pela minha vida, eu temo pela vida da minha família. Nós fomos até a Central de Flagrantes buscar informações em relação ao motivo dele ter sido solto, a gente não obteve sucesso em falar com o delegado, estamos perdidos. A gente fica preocupado pelo fato dele vir atrás, mesmo não sabendo onde a gente está morando, mas a gente tem medo dele ir no colégio, as crianças não estão indo para a escola porque niguém sabe o que ele pode fazer", finalizou.