Os familiares do jovem identificado apenas como Rudson, que foi baleado por um Policial Militar dentro de uma casa de shows conhecida como ‘Boteco do Gil, na avenida Duque de Caxias, na zona Norte de Teresina, falaram com o repórter Kilson Dione e relataram que a vítima pode ficar paraplégica.
Segundo João Neto, irmão do jovem, ele foi atingido com um tiro no pescoço e terá sequelas. “O estado de saúde dele é grave, ele se encontra na UTI do Hospital São Marcos, não sabemos ainda o que vai atingir, o que vai ficar de sequelas, o laudo é muito preliminar, não sabemos de fato, mas foi dito que ele vai ter sequelas, o prazo é de 72 horas para ter alguma noção da gravidade real mas pode se prolongar para dois, três meses, ninguém sabe de fato”, afirmou.
Ainda segundo o irmão da vítima, a versão de que o Policial Militar teria disparado após ter sido atingido por um soco foi descartado por testemunhas. “Ao chegar no local a ambulância já tinha levado ele, a polícia tinha acabado de chegar e tinham colocado o Policial Militar dentro da viatura, a população estava em cima do carro querendo agredi-lo, chutando o carro e a polícia levou ele, mas segundo as pessoas que estavam no local, não houve agressão de ambas as partes, não trocaram socos, foi uma discussão verbal onde o policial estava assediando uma moça que estava na companhia de um primo nosso e meu irmão foi pedir para ele baixar a poeira porque viu que ele estava muito exaltado. Pessoas do local afirmaram que o militar estava muito agressivo, transtornado e ele não deu chance de defesa para o meu irmão apenas puxou a arma e atirou a queima roupa”, declarou João Neto.
“A família fica revoltada porque ele destruiu uma família inteira, não sabemos a consequência desse ato insano dele. Isso já esta se tornando um caso muito comum aqui em Teresina, vendo policial matando policial, policial matando mulher, namorada. O policial hoje em dia está muito despreparado, a corregedoria tem que dar uma resposta de imediato, a justiça tem que prevalecer independente de ser policial ou não”, disse.
João Neto declarou ainda que a família vai processar o estabelecimento. “Quando eu cheguei lá o estabelecimento já estava fechado, com todas as pessoas do lado de fora. Pela manhã passei novamente tudo fechado, de madrugada voltei lá para pegar a moto do meu irmão e também estava tudo fechado. Vamos acionar na justiça o dono do local também. Como ele deixa uma pessoa armada entrar? Se a pessoa anda armada bebendo ela já está mal intencionada”, afirmou.