Na manhã desta segunda-feira (08), o metalúrgico identificado como Rafael Anderson da Silva, de 25 anos teve a sua motocicleta roubada nas proximidades de sua residência no bairro Santo Antônio, região do grande Promorar, zona Sul de Teresina.
Após algumas horas, o jovem descobriu que os assaltantes moravam no Parque São Jorge, uma comunidade que fica bem próximo a casa de Rafael. Ao relatar para os seus familiares que teve a sua moto roubada, e que também teria visto os dois acusados andando com o produto do roubo pelas ruas do bairro, o seu pai, Francisco das Chagas também ficou bastante revoltado com a situação.
De acordo com informações da família, os dois decidiram se deslocar até a comunidade para tentar recuperar a motocicleta. Os acusados do roubo estavam armados e ao avistarem pai e filho atiraram contra os dois. Francisco das Chagas, pai de Rafael foi atingido com um tiro de raspão no braço, já o jovem recebeu um tiro no peito, ele ainda foi levado com vida até o Hospital do Promorar onde acabou não resistindo e morrendo no local.
“Ele chegou aqui por volta de umas 19h vítima de disparo de arma de fogo na região do peito e já estava praticamente sem vida, o médico não pode fazer mais nada”, declarou o enfermeiro.
Os acusados de cometer o crime são um menor de iniciais L.M. que já foi apreendido diversas vezes com arma de fogo e motos roubadas. E o seu parceiro que é conhecido na região como 'olho do cão'. A vítima era pai de três filhos. A tia de Rafael inconformada com o crime desabafou. “E agora quem vai criar os filhos dele? A sociedade está agindo como selvagens porque a justiça não prende os bandidos. Cadê a segurança do nosso Estado? A vida do ser humano não vale nada? Eu estou indignada. O Estatuto da Criança e do Adolescente tem que ser reformulado, tem que se reduzir a maior idade. Os direitos humanos vão vir cuidar dos filhos dele? Dar comida, educação, segurança?”, relatou.
Após o crime, o chefe do tráfico na região conhecido como 'padeiro' determinou que todos os moradores da comunidade se trancassem dentro de casa para ninguém passar qualquer tipo de informação para a polícia. “Normalmente as pessoas aqui só dormem um pouco mais tarde, mas desde a hora do crime que todo mundo se recolheu”, disse.