Na tarde desta quarta-feira (03/02), o gráfico do jornal O Dia e taxista José Wilson Teixeira, de 57 anos, foi assassinado com um tiro no peito, na Rua Magalhães Filho, no Centro de Teresina. Segundo informações, Teixeira tinha ido na Feira do Livro comprar algumas publicações e, em seguida, foi buscar o seu carro, um Siena branco, quando quando foi abordado.
Ele abandonou o carro e tentou correr, mas o assaltante disparou 3 tiros matando a vítima. Minutos depois o menor acusado do crime foi apreendido pelos policiais da Rone. Segundo informações, o acusado foi apreendido em agosto do ano passado após roubar um veículo modelo Corolla nas imediações da avenida Miguel Rosa, em uma tentativa de fuga o menor bateu o carro e logo em seguida roubou uma motocicleta.
Em entrevista, o menor afirmou que o veículo do taxista ia ser entregue para um homem identificado como Gutemberg no bairro Lourival Parente. Durante rondas dos policiais da Rone, a guarnição conseguiu prender duas jovens que também fazem parte da quadrilha e davam suporte para os criminosos. Elas foram descobertas após uma troca de mensagens por meio de um celular entre uma delas e o criminoso.
Uma das acusadas foi presa em frente ao Mercado da Piçarra e outra foi presa em uma residência no bairro Lourival Parente, zona Sul de Teresina. Na casa foi encontrado uma munição de revólver calibre 380 e duas máquinas fotográficas onde continham fotos dos criminosos.
A jovem presa nas proximidades do Mercado da Piçarra afirmou que se deslocou até o local a mando de Gutemberg. “O Gutemberg mandou eu me encontrar com uma pessoa lá, mas eu não sabia nem quem era, cheguei lá e a polícia me pegou”, disse.
“O Gutemberg usava elas para fazer esse tipo de coisa, ela fazia a olhada primeiro para ver se não tinha polícia na área. Só que hoje deu errado porque a gente se encontrava em um carro descaracterizado e pegamos ela justamente quando ela ia se encontrar com ele para falar sobre o crime”, afirmou um policial.
O presidente do sindicato dos taxistas, Pedro Ferreira, mostrou toda a sua indignação durante entrevista ao programa Bom Dia Meio Norte. “O que mais revolta a classe em si é a impunidade, essa revolta está no sangue do taxista, você não sabe quanto custa uma prestação do taxi, por isso ele não deu o carro. A gente teve audiência com comandante da policia militar, com o delegado geral, inclusive ele adotou umas medidas para acompanhar os assaltos a taxistas registrando um boletim de ocorrência especial. O que mais indigna é a certeza da impunidade porque eles sabem que não vai ter nada e vão continuar fazendo”, declarou.