A reportagem do programa Bom Dia Meio Norte esteve na manhã desta terça-feira (21/01), na residência da mulher identificada como Ellen Solange Alves dos Santos, no Parque Brasil III, suspeita de ter vendido o filho de apenas três meses por R$ 10. No local, ninguém quis se pronunciar e apenas o filho da mulher afirmou que a família está aguardando a posição do juiz.
O Conselheiro Tutelar da região da grande Santa Maria da Codipi, Frederico, afirmou também em entrevista ao programa, que a mulher já teve dois filhos retirados do seio da família pelo Conselho Tutelar da região.
“Duas crianças dela também já foram tiradas do seio da família, o processo dessas duas crianças ocorria no Primeiro Conselho Tutelar e o do bebê está no quinto. O que nós podemos informar é que esse bebê foi encontrado em poder de um casal. Chegou até a delegacia uma denúncia feita por um familiar da mãe da criança de que ela não estava mais em poder do bebê e que possivelmente ela teria o vendido. Ela é dependente química, tem outros problemas que a gente já esta cuidando para que ela possa se reestabelecer”, afirmou.
O Conselheiro destacou ainda que a polícia está investigando o caso e existe a possibilidade um pouco distante do bebê voltar para a mãe. “Ao tomarmos conhecimento da situação em que se encontrava a criança, em que possivelmente ela teria sido vendida no valor de R$ 10 nós fomos notificados e passamos a acompanhar esse caso na DPCA, porque até então o delegado Dr. Antonio Barbosa já tinha feito a notificação ao casal para que eles comparecessem na delegacia, prestassem todos os esclarecimentos, respondessem aos questionamentos e ontem nós passamos toda a manhã acompanhando o depoimento do casal, levantando as informações, fazendo toda a apuração, para que nós do Conselho Tutelar da grande Santa Maria da Codipi pudéssemos tomar as providências cabíveis dentro do fato verdadeiro. A criança se encontra colhida em um abrigo e nós estamos acionando a juíza Dra. Maria Luiza para que ela possa tomar as providências cabíveis”, disse.
“É uma possibilidade um pouco distante, quando a criança é retirada do poder do pai ou da mãe e ela fica abrigada, a partir dai nós temos que procurar uma forma dela permanecer em segurança e logo em seguida ela ser devolvida a familia, se após esse período for constatado que a família continua sem ter como ficar com a criança aí a gente tem que procurar uma familia para que essa criança seja adotada. Nós hoje não temos a pressa de retirar a criança do seio familiar para colocar no abrigo, nós procuramos a familia extensiva, se não tiver ninguém na familia extensiva, que pode ser um tio, a avó, então ela permanecerá aos cuidados do abrigo até que a gente possa finalizar todo o trabalho de apuração da denúncia e buscar uma adoção”, afirmou o conselheiro.