A menina de 11 anos que está grávida pela segunda vez após ser novamente vítima de estupro, será encaminhada para um novo abrigo em Teresina. A informação foi confirmada à Rede Meio Norte, pela gerente de Direitos Humanos em exercício da Semcaspi, Talita Damas.
Segundo ela, a criança está com cerca de três meses de gestação e quando engravidou estava morando na casa do pai. “Infelizmente a gente confirma a gestação dessa criança. Nós tomamos conhecimento por meio do 2º Conselho Tutelar de Teresina de que essa criança estaria na sua segunda gestação em decorrência de estupro”, informou.
“Em razão da vulnerabilidade em que ela se encontrava, o Conselho Tutelar continuou fazendo acompanhamento e na última sexta-feira, as educadoras do abrigo que ela estava suspeitaram de que ela estaria gestante. Ela foi levada ao Samvis, na Maternidade Evangelina Rosa para fazer os exames e lá se confirmou a gestação dela. Ela está com mais ou menos três meses de gestação, ou seja, quando ela engravidou ela não estava no abrigo já que ela foi para o abrigo há mais ou menos um mês. Quando ela engravidou ela estava morando na casa do pai”, disse.
Ainda de acordo com Talita Damas, a menina será encaminhada para um outro abrigo. “É importante ressaltar que o abrigo que essa criança estava acolhida não possui o aparato para receber crianças gestantes e por conta disso, quando se deu a confirmação da gravidez o Conselho Tutelar retornou a criança para a casa do pai para que fosse dado prosseguimento aos procedimentos legais, que é o encaminhamento a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, Ministério Público e Vara da Infância e Juventude. E nós enquanto Gerência de Direitos Humanos e Secretaria de Assistência Social vamos agora requisitar que essa criança seja encaminhada a um outro abrigo, que tenha todo o aparato para recebê-la na situação em que ela se encontra agora, que é mãe de um bebê e gestante de outro”, declarou.
Sobre o autor do segundo estupro, a gerente respondeu: “Em decorrência do sigilo do Estatuto da Criança e do Adolescente a gente não pode passar informações até porque tudo vai começar a ser averiguado e apurado pelo poder judiciário e pela delegacia”.
“Ela não conversa muito, mas é uma criança que está completamente abalada, desequilibrada psicologicamente, não está indo para a escola e o que a gente quer é no mínimo recuperar um pouco dessa dignidade perdida. Vamos continuar acompanhando, orientando, e prestando toda assistência de logística para acolher essa criança em outra instituição. O que for necessário para que a gente consiga reinserir essa criança na sociedade novamente a gente vai fazer”, finalizou.