O diretor do Departamento de Polícia Técnico Científica do Piauí, Dr. Antônio Nunes, afirmou na manhã desta terça-feira, 5 de julho, em entrevista ao Bom Dia Meio Norte, que a morte do bebê Emanoel Arthur Sousa Vieira, de 11 meses, ainda precisa ser investigada.
“No dia 3 de julho por volta de 19h30 o médico de plantão do Hospital do Parque Piauí nos ligou, assim como outro colega de pediatria também, querendo orientações sobre como investigar a morte que não havia uma determinação da causa e que tinha essa questão controversa que a própria mãe disse, desses alimentos na fralda que não estavam digeridos, portanto não teriam saído pelo ânus, não estariam vindo de cima engolidos, e que eles não estão sabendo de que era. O que a gente sabia é que era uma morte que tinha que ser investigada”, declarou o diretor do IML.
Segundo Antônio Nunes, é importante que se diga que o caso não foi passado pelo médico como um crime. “Foi passado como algo a ser investigado porque ele não sabia o que tinha ocorrido, ao menos foi o que chegou para o Departamento de Polícia Técnico Científica. E a gente orientou os órgãos que deveriam ser procurados, as providências que deveriam ser tomadas naquele momento que era entrar em contato com o DHPP que iniciou as investigações”, disse.
“Nós entramos em contato com os colegas de plantão para fazer um exame, foi feita uma necrópsia completa, fizemos fotos, tiramos órgãos para exames, e esse documento que se apresenta como um laudo pela família não é um laudo, é só uma declaração de óbito. Declaração de óbito na verdade se presta como documento epidemiológico que é feito no momento inicial e que não necessariamente retrata o que vai ocorrer daqui para frente, aquilo não amarra um laudo, são eventos distintos”, pontuou.
De acordo com o diretor, o Departamento de Polícia Técnico Científica ainda não encerrou o caso e está realizando exames através de uma perita. “A gente está investigando, não estamos convencidos nem que sim, nem que não. Nós ainda não temos essa definição, isso que está sendo apresentado pela família não é um laudo, o termo mais adequado seria ‘causa a esclarecer’ porque nós estamos fazendo exames ainda. Havia versões conflitantes lá no momento. Teve versões que levaram o médico a achar necessário a investigação, além disso tinha linguiças e pão na fralda, o que naquele momento se mostrou estranho, a mãe deu uma explicação e o delegado vai constatar. E tem mais alguma coisa que a gente está vendo”, finalizou.