Familiares do auxiliar de serviço gerais identificado como Tércio Pereira da Silva, de 23 anos, que foi executado com vários tiros na frente da esposa e da filha de dois anos na zona Norte de Teresina pedem justiça pelo crime.
A família acredita que Tércio foi assassinado por engano. Em entrevista ao repórter Kilson Dione, a esposa da vítima contou detalhes do dia do homicídio. Os dois estavam em uma praça na Santa Maria das Vassouras, quando foram surpreendidos pelos criminosos. “Minha irmã sempre bota uma banquinha de creme de galinha e a gente foi sentar lá e botar a sobrinha dele para brincar com a minha filha de dois anos, se distrair que a sobrinha dele tinha acabado de chegar lá em casa. Ele disse: ‘minha filha vamos levar as meninas para brincar lá na praça’, aí eu fui com ele”, declarou.
“Quando a gente chegou estava o pessoal da minha família, foi começando a escurecer e a praça foi esvaziando. Logo depois dois homens em uma moto chegaram, ele estava de costas para a rua, a gente pensou que era um assalto, ninguém nem esboçou reação. Ele já chegou dizendo ‘perdeu perdeu’, nem olhou para o rosto dele, meu filho do jeito que estava só levantou as mãos pensando que era assalto e não era, ninguém devia nada a ninguém”, relatou ela emocionada.
A esposa de Tércio informou ainda que a vítima não tinha envolvimento com o crime. “Ele nunca teve envolvimento com o crime, a gente está junto há sete anos, conheci ele com 16 anos, meu filho nunca teve envolvimento com nada, era de casa para o serviço e para a igreja, eu só quero justiça. Ele foi executado na frente da minha filha, minha filha pedindo para parar e eles atirando, toda hora ela pergunta pelo pai”, contou.
“Eu acho que eles confundiram ele, porque ele não tem envolvimento com nada, vi sete anos se acabar em um dia, agora que a gente estava comprando as nossas coisas de dentro de casa, eu só quero justiça, que ele não vai voltar mais. Eu só queria entender porque tiraram o meu marido de mim, ele trabalhava no Sebrae desde os 16 anos, todo mundo gosta dele, todo mundo da comunidade está abalado”, finalizou.