Na manhã desta sexta-feira (22/04), o programa Bom Dia Meio Norte recebeu em seus estúdios o deputado federal e ministro da saúde Marcelo Castro (PMDB), que falou sobre a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff ocorrido na Câmara dos Deputados no último domingo e a sua posição durante a sessão.
“Ficou claro para todo mundo que o nosso sistema eleitoral é um sistema que está deixando a desejar, está apodrecido, que impera a influência do poder econômico e nós estamos expulsando da política as pessoas normais, um professor, um médico, um estudioso, porque um poder econômico tem uma influência tão significativa na política que isso está levando a uma representação da sociedade em apenas uma parcela, a imensa maioria da população não tem recurso para bancar uma campanha e vai ficando assim”, declarou.
Sobre a votação, o deputado afirmou: “Eu acho que houve um sentimento nacional de que o nosso nível da política não está bom, a gente precisa pensar seriamente nisso, eu alertei muito em todas as palestras que fiz, um sistema político é vital para o futuro do país”, disse.
De acordo com uma pesquisa, de todas as votações ocorridas no domingo, 17 deputados justificaram verdadeiramente o seu voto, sobre isso, o deputado opinou: “Essa é a sensação que que passou para a sociedade inteira, a gente decidindo sobre um assunto importantíssimo paras o futuro do país e as pessoas se comportando de uma maneira completamente em discordância com a gravidade do momento que nos estávamos vivendo, inclusive deputados com aqueles negócios que explodem, não sei porque o presidente não coibiu aquilo, dá um imagem muito negativa do parlamento brasileiro, está repercutindo no exterior isso que está acontecendo no Brasil”, declarou.
Sobre o seu retorno ao ministério da saúde, o deputado garantiu que a sua posição não poderia ser diferente da que foi domingo: “É coerência , lealdade, são valores muito importante da vida, a gratidão, não trair as pessoas, não jogar sujo. Eu não pedi a ninguém para ser ministro, foi a bancada do PMDB que me escolheu, fui escolhido e me esforcei ao máximo para representar bem o meu papel de ministro trabalhando todos os dias, viajando pelo Brasil, enfrentando os problemas graves, agora eu me sentiria muito mal, eu perderia o respeito por mim mesmo se eu tivesse uma posição diferente da que eu tive. Eu votei no Lula em 2002 participei dos governos do Lula, votei na Dilma em 2010 e 2014, sou ministro da Dilma, convivo com ela todos os dias, se eu estou há 13 anos participando do governo é porque estou aprovando essa forma de governar, não tem como mudar de opinião em três dias”, finalizou.
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