O mecânico Antônio Carlos denuncia que seu filho Wildelanderson, de 29 anos e a namorada foram torturados e agredidos por policiais do Ronda Cidadão, após intensa perseguição, na noite do dia 31 de outubro de 2012. O pai disse que o filho estava com uma arma dentro do veículo no dia do episódio, mas para ele, a tortura que o mesmo sofreu foi algo desumano.
Segundo Antônio Carlos, o filho estava saindo do mercado municipal do bairro São Joaquim em direção à Avenida Boa Esperança, quando o mesmo foi surpreendido por uma viatura, que se aproximou do veículo. Antônio Carlos conta que o filho imediatamente inciou fuga, pois pensava que se tratava de um assalto, já que a viatura do Ronda Cidadão não havia ligado o giroflex.
Durante a perseguição, os policias, identificados como Raimundão e Castro dispararam vários tiros em direção ao veículo de Wildelanderson, que ao chegar próximo ao balão da Universidade Federal do Piauí (UFPI), perdeu a direção do veículo. A namorada de Wildelanderson acabou atingida na perna .
O filho, que ficou com medo de morrer, seguiu há procura de um lugar seguro para parar e entrou na Universidade Federal do Piauí. A partir daí, Wildelanderson, percebeu o ferimento na perna da namorada e decidiu parar.
Os policiais iniciaram um série de torturas, segundo Antônio Carlos. ?Os policiais torturaram meu filho e a namorada. Retiraram os dois do veículo puxando pelos cabelos. Gritavam para namorada que ela iria trepar só com uma perna.?
O pai, que presta serviço para Polícia Militar, relata ainda que os policiais só pararam com a agressão, após um policial da Rone ter reconhecido o filho.
O mecânico enfatiza que reconhece o erro do filho, que portava uma arma sem autorização, mas diz que quer justiça, pois o filho foi brutalmente agredido. ?Um dos policiais já possui histórico de violência.?
Antônio Carlos disse que informou à Corregedoria da Polícia Militar e que todas as medidas estão sendo tomadas. ?Quero justiça?, finalizou o pai.