De acordo com a Polícia Federal, cerca de 1.500 estrangeiros estão morando no Piauí, 500 deles são colombianos. Em entrevista, o presidente do sindicato dos Policiais Federais no Piauí, Marcos Vinícius Gomes, afirmou que o perfil desses rapazes são basicamente de jovens, muitos estão com toda a sua família no intuito de se fixar no Piauí e trabalham em pequenos estabelecimentos comerciais.
O grupo está sendo investigado pela prática de empréstimos no Piauí. “A gente supõe que essas práticas são trazidas do país deles. Eles têm feito essa pequenos empréstimos sempre a juros abusivos, o que caracteriza em tese crimes contra a economia popular, até dependendo da monta contra o sistema financeiro e o sistema tributário nacional. Esses crimes como estão sendo praticados são apurados por parte da Polícia Civil mas a Polícia Federal está em contato, o nosso setor de imigração está mantendo contato com a Polícia Civil que tem nos passado essas informações. Essas pessoas quando são abordadas e conduzidas pela prática desse crime nós sempre somos notificados para apurar a condição migratória, contudo, caso se caracterize o crime eles estão sujeitos a legislação brasileira. Se cometerem crime no âmbito estadual de apuração da Polícia Civil estão submetidos a justiça estadual normalmente, bem como no cometimento de algum crime de apuração da Polícia Federal, crimes contra bens e serviços de interesse da União vão estar sujeitos a legislação federal”, afirmou.
Segundo ele, a implicação tanto da prática de um crime como de outro, eles podem sim estar sujeitos a uma deportação ou a mesmo uma expulsão após o cumprimento de sua pena. “Isso está previsto na lei, se ele for considerado inconveniente aos interesses nacionais ele pode sofrer a expulsão ou deportação”, disse.
De acordo com a polícia, a principal porta de acesso continua nos aeroportos, em Teresina não é diferente. “A segurança é hoje uma das pautas principais do Brasil e os policiais federais estão no protagonismo, nós estamos trazendo alterações no nosso modelo de segurança, infelizmente o Brasil mantém um modelo totalmente atrasado de segurança e um dos grandes desafios que nos temos é mudar a estruturação das polícias”, declarou o agente.