Na madrugada desta sexta-feira (08/01), a Secretaria Estadual de Segurança realizou a prisão dos dois acusados pela morte do pedreiro José Mario, na última quarta-feira (06), em uma rádio no Centro de Teresina. Os assaltantes entraram no local, amarraram um operador de áudio e após a reação da vítima desferiram 7 facadas contra o mesmo.
De acordo com informações do delegado Francisco Costa, o ‘Bareta’, a prisão se deu através de um grande trabalho realizado pela Polícia Civil e Delegacia de Homicídios. “Nós realizamos a prisão dos dois, a arma do crime está devidamente apreendida. Os policiais trabalharam muito, toda a equipe da Delegacia de Homicídios se empenhou, quando falamos que íamos prender nós demos um compromisso. E o trabalho foi se estendendo pela madrugada”, afirmou.
Ainda segundo ele, os acusados se abrigam em casas de recuperação para dependentes químicos. “Um foi capturado no centro de Teresina e o outro foi capturado na Santa Maria da Codipi, eles não eram moradores de rua, vivem de vender bombom nas ruas e nos ônibus da cidade. Um é natural da Paraíba e outro do Pará e eles se abrigam nessas casas que oferece apoio a drogados, todos eles tem passagem pela policia. De dia saem vendendo bombom nessas praças, nos ônibus, mas a noite eles se drogam e começam a assaltar”, declarou o delegado.
Sobre o perfil dos presos, o delegado Bareta afirmou que são dois bandidos frios e calculistas. “São dois indivíduos já conscientes, eles não falam muito porque já sabem dos seus direitos, já foram presos por roubo, furto e envolvimento com tráfico de drogas. São muito frios, passaram mais de uma hora torturando os dois rapazes. Ontem na Delegacia de Homicídios eu ouvi o operador de áudio que também esteve presente no local na hora do crime e esse rapaz jamais vai tirar aquele trauma da cabeça dele, ele disse que ficou ouvindo os gritos da vítima dentro do outro compartimento pedindo socorro e sendo morto”, falou.
“Nós estamos formando um ciclo vicioso, vemos a sociedade pagando caro com indivíduos que são colocados em liberdade. O código penal não está tão ultrapassado, nós devemos interpretar ele em favor da sociedade”, opinou o delegado.