Na manhã desta terça-feira (19), o presidente da cooperativa de taxistas de Teresina, Pedro Ferreira dos Santos, esteve nos estúdios do Bom Dia Meio Norte para falar sobre a crescente onda de violência que envolve a categoria na capital.
Segundo ele, só semana passada os taxistas sofreram quatro assaltos, todos com requintes de crueldade. “Os números estão terríveis, os assaltantes já vinham fazendo isso há muito tempo. Para falar a verdade nós já estávamos prevendo um assassinato porque é muita crueldade, os taxistas não reagem mas é muita violência, a gente não entende porque eles fazem isso. O homem morto era um cidadão, não era nem proprietário do carro, trabalhava 24 hrs, uma pessoa do bem.
A informação que nós tínhamos era a de que os assassinos estavam em um show, mas o delegado James Guerra nos falou que a ultima ligação que ele recebeu foi de um motel, ele atendeu e fez essa corrida. Também nos disseram que ele chegou a anunciar a suspeita de assalto avisando para a central dele, mas os assaltantes acabaram desligando o sistema.
Nós teremos uma reunião hoje às 09h30 na delegacia de homicídios com o delegado Baretta. Não queremos fazer justiça com as próprias mãos, queremos esse assassino na cadeia porque eles foram para matar mesmo. Segundo testemunhas eles tinham cara de drogados, e muitos taxistas recusaram a corrida”, explicou.
Ao ser questionado sobre os pontos mais perigosos para os profissionais na capital, Pedro falou: “A Prainha é um dos locais em que sempre somos levados para o lugar errado. São vários pontos, nas vilas depois do Promorar não podemos entrar depois das 22h, e se entrarmos eles avisaram que temos que estar com as luzes internas ligadas, quem é que vai ter coragem? Preferimos recuar. Queremos trabalhar dignamente, sem esse medo”, afirmou.