O vídeo de uma briga entre um aluno de 14 anos e uma professora em uma escola de Minas Gerais provocou revolta em todas as redes sociais. O estudante xinga a professora, joga os livros dela no chão, dá tapas e, não satisfeito, ainda passa a mão nas partes íntimas da educadora.
O jovem estuda na 6º série e, segundo a vice-diretora, esteve internado por decisão judicial em 2014 por ter agredido um jovem com um tijolo. De acordo com o professor de enfermagem da Universidade Federal do Piauí, Sérgio Mendes, a família também tem sua parcela de culpa.
“É revoltante, percebe-se o ditado de que educação de casa se põe a praça e ai você ver uma inversão total de valores. O mestre, o educador que estuda há muitos anos, que faz uma pós-graduação que se dedica toda uma vida a levar educação para o aluno se vê em uma situação dessas, humilhante. Já não bastasse a situação indigna dada a alguns órgãos com relação aos salários você vê a humilhação diária que eles sofrem com os alunos. A família é uma grande influenciadora, ela tem a participação de educar, de dar a formação do filho dentro de casa então você percebe que se esse filho vai para a escola e trata o professor desse jeito, da mesma forma ele trata o pai, trata o familiar e assim faz no núcleo familiar, os professores hoje vivem essa realidade”, declarou.
O professor destacou ainda que nas escolas de Teresina a situação não é diferente. “Aqui nós vivemos a mercê de alguns alunos, que não tem a formação adequada, que tratam o professor, que tratam o zelador que tratam todas as pessoas que fazem parte da escola dessa forma. Alguns professores tem receio de entrar em sala de aula principalmente no período da noite porque os alunos entram armados, intimidam os professores vivemos uma verdadeira marginalidade dentro da própria escola”, disse Sergio Mendes.
“Ela por ser mulher, fica impotente porque se ela vai revidar pode sofrer algum tipo de agressão física e isso acontece no dia a dia, se você se impor para o aluno ele te ameaça de varias formas, isso é um relato social evidenciado no Piauí, alguns professores até faltam aulas porque temem a sua própria segurança, é um absurdo”, finalizou o professor.