Estava marcado para a manhã desta terça-feira (14/11), o julgamento de locutor de rádio Ivan Carlos Carvalho Panichi, acusado de atropelar e matar o garçom João Antônio dos Santos, que era conhecido como João Fidelis, de 68 anos. O caso aconteceu no ano de 2010, na BR-343, município de Piripiri. No entanto, o primeiro homicídio no trânsito que iria a júri popular não aconteceu.
De acordo com o filho da vítima Georliton Alves, o cancelamento do júri deixou toda a população da cidade revoltada. “O que aconteceu deixou a gente indignado, estarrecido. Estava marcado o júri para hoje, mas eu não sei que poder os advogados de defesa dele têm para conseguir fazer o que fizeram. Até ontem meia noite ele tinha três advogados habilitados e hoje de manhã eu não sei porque esses advogados amanheceram desabilitados e com uma outra advogada habilitada no caso. O problema é que ela alegou que estava doente e não podia comparecer ao júri sendo que o Ivan Panichi também não apareceu”, detalhou.
Por conta da ausência, Ivan Panichi teve a sua prisão decretada pela Justiça, mas ainda na terça-feira, a sua defesa entrou com um pedido de habeas corpus:
“Para piorar ainda mais a situação por ele não ter ido a Justiça expediu sua prisão, mas a defesa entrou com um habeas corpus que foi concedido pelo juiz. Ele não ficou um minuto preso. E para completar, nós fomos informados que a partir de amanhã a defesa vai entrar com um pedido de cancelamento do júri no dia 22 porque a advogada de defesa falou em entrevista que vai fazer uma cirurgia no dia 16 e não vai poder comparecer. Isso é um absurdo, a defesa está batendo no nosso poder, a gente esperou sete anos, eu vim para esse júri, chega aqui e acontece isso. A gente só quer que aconteça o júri e que ele seja condenado, ninguém quer saber quantos anos de prisão ele vai pegar, só queremos que aconteça o júri”, afirmou o filho da vítima.