O delegado Ademar Canabrava concedeu entrevista exclusiva a Rede Meio Norte para falar sobre o atentado que sofreu ao sair de casa na manhã desta terça-feira (30/09), no centro de Teresina.
Ademar declarou que foi um momento muito difícil, mas que agora será o momento de investigações. "Eu estou bem em relação ao momento difícil que passei, o fator surpresa é o pior que tem. A vontade que eu senti no momento foi de reagir. Quando a gente passa a ser policial temos dois momentos, o de morrer e o de viver.
Eles já chegaram logo encostando a moto, desceram com uma arma, eu levantei a mão e coloquei na cabeça, pedi para que eles levassem tudo que interessasse a eles e que eles não entrassem no carro porque tinha crianças e uma senhora. Eu estava com a minha arma dentro do carro e inclusive eu estava até tentando esconder para quando eles saíssem eu atirar, mas eles logo viram minha pistola e pegaram.
Foi quando perceberam que eu era policial que começaram a atirar. Um tiro pegou no meu braço, o outro na barriga e o outro no peito, mas graças a Deus todos de raspão. Eu queria agradecer a todo mundo que me apoiou, a equipe do HUT, e a toda polícia do Piauí", declarou.
Por volta de 12h desta terça-feira, o delegado iria fazer uma entrevista coletiva para falar sobre uma operação que ele deflagrou com várias prisões sigilosas, e ao ser indagado sobre a relação dessa operação com o atentado que sofreu a autoridade da polícia afirmou que irão ser feitas investigações. "Eu tinha vários mandados de prisão em mão. Eu acho que não tem nada a ver, porque o que aconteceu geralmente acontece, eles estavam atrás da minha arma, mas vamos investigar. Se eu estivesse sozinho eu preferia ter morrido mas pelo menos ia matar eles, e não teria deixado eles levarem a minha arma", declarou o delegado.
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